polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

segunda-feira, agosto 29, 2005

Em algum ponto da efervescência
numa garrafa de refrigerante
como numa aresta do diamante
o cansaço de ser pede clemência

Assim estoura a bolha de gás, pif
trinca-se a mais dura das pedras, crec
igualmente o amor faz-se patife
de repente, como cresce um moleque

Tudo está sempre por um fio, um
segundo entre cair e espatifar-se
um milésimo e eis o precipício

O desastre que espreita o homem comum
pode porém usar algum disfarce:
rotina, fé, paixão, até o vício

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