OUTONO DO POETA
a
para Roberto Prado
a
Tudo que de sagrado tenho e guardo
no fundo do baú é inventado.
São sonhos de palavras, inventário,
um resumo da ópera, meu fardo.
E todos esses versos que ainda aguardo,
a cada dia, como um pobre coitado
aguarda uma esmola, envergonhado,
são para mim, mendigo, um fado árduo.
Guardá-los, protegê-los do calor
das batalhas do coração, do frio
da indiferença azeda e sem valor,
é meu trabalho. Meu cofre vazio
é meu rico salário e meu tesouro
é esse outono folheado a ouro!
Antonio Thadeu Wojciechowski
Tudo que de sagrado tenho e guardo
no fundo do baú é inventado.
São sonhos de palavras, inventário,
um resumo da ópera, meu fardo.
E todos esses versos que ainda aguardo,
a cada dia, como um pobre coitado
aguarda uma esmola, envergonhado,
são para mim, mendigo, um fado árduo.
Guardá-los, protegê-los do calor
das batalhas do coração, do frio
da indiferença azeda e sem valor,
é meu trabalho. Meu cofre vazio
é meu rico salário e meu tesouro
é esse outono folheado a ouro!
Antonio Thadeu Wojciechowski
1 Comentários:
É de cair o queixo, Polaco.
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