polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

quinta-feira, julho 06, 2006




O Edson de Vulcanis sempre tem tiradas geniais. Uma noite lá em casa, ele criou essa pérola “nem tudo que reluz é aura”, que dias depois transformei em poema e que, finalmente, virou letra de uma belíssima canção que fiz com o Rodrigo Barros.





Crepúsculo da alma


Nem tudo que reluz é aura
O ouro da manhã é aurora
Quando o dia faz sua pausa
A prata da noite não demora

Assim também a nossa vida
Na infância é só luz, lucidez,
Mas vem o dia da despedida
E lá vamos nós outra vez!



Amor jogado no lixo?


É triste a pobre condição humana,
Feixe de músculos, nervos e ossos,
Que sob a ação do tempo reclama
Alma e continuidade para os nossos

Sonhos, projetos, ilusões. Bah! Quanta
Ambição, quanto egoísmo e destroços!
A febre da imortalidade dana,
Seca a água cristalina de outros poços,

Que não foram escavados ainda.
É que o amor, origem verdadeira
De toda idéia abstrata, não finda

E, sem fim, a vida fica mais linda.
Sendo assim, amar de qualquer maneira
É viver. O resto é tudo besteira!

Antonio Thadeu Wojciechowski

12 Comentários:

Às 06 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Adorei...como sempre!!!!beijo

Angela

 
Às 06 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Lindo dia, lindos poemas.

 
Às 06 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

primeira vez que piso nesse solo insano, gostei pra caralho.

 
Às 06 julho, 2006 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Pô, Silveira Dias, já te dei espaço no meu coração, imagine na minha casa. Obrigadão.

 
Às 06 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

cara, gostei muito do disco, o 'wojciechowski'. tá tocando direto aqui em casa. 'Sinapses de uma figa' é o seguinte de bom. E o poema, na seqüência, uau, também é o seguinte.
(a)Kusum V.

 
Às 06 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Às vezes eu me pergunto como é que pode alguém assim como você, Thadeu. Esses poemas de hoje me tocaram profundamente. Beijão

BB

 
Às 06 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Duas porradas!

 
Às 06 julho, 2006 , Blogger Ivan disse...

Pô: dá até vergonha dos meus versinhos em arra, erra, irra, orra, urra...
:P

 
Às 07 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Crepúsculo

Aura de ouro
Aura de prata
Noites sem aurora
Manhãs sem demora

Vida na luz
Na condição de lixo
da condição humana

Raio de músculos
De nervos
De ossos

Qual o tempo da alma, Thadeu?
Qual o tempo da alma?

O futuro?
Dos Sonhos e das ambiçoes?
Dos projetos e dos egoísmos?
Das ilusões e dos destroços?

Deus ou D´eus?
A imortalidade
trai ou traduz
o eterno?

Qual a febre que ferve
A água que apodrece
dentro dos corpos?

Só o amor abstrato
É sem fim
Se não for abstrato
E for assim
De qualquer maneira
É poeira

Oxentechowski

 
Às 07 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

vc esqueceu do valmor...


Rodrigo

 
Às 07 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

vc esqueceu do valmor...


Rodrigo

 
Às 07 julho, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Brilhantes.


Jeferson Cunha

 

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