Nasci no oco do mundo. Trago dentro de mim uma mata verde. Meu pai se chama Antônio e minha mãe Luíza. Os dois são analfabetos. Eu estudei o primário numa escolinha de barro. Carregava comigo a floresta nos cabelos, alvoradas selvagens, arvoredo nos olhos. Fiz faculdade de Comunicação Social na UEL, em Londrina, e Master em Jornalismo pela Universidade de Navarra, Espanha. Comecei a escrever há mais ou menos uns 30 anos. Trabalhei como jornalista em vários jornais e tevês: Folha de Londrina, Correio do Estado (Campo Grande-MS), TV Iguaçu, TV Campo Grande. Escrevi sobre literatura em algumas revistas e jornais. Nos anos 80 escrevia poemas e contos para crianças na Folhinha, da Folha de São Paulo, e no Estadinho. Na UEL, convivi com muita gente legal, como Ademir Assunção, Rodrigo Garcia Lopes, Nelson Sato e muitos outros. Perdi pelos caminhos muitos dos escritos da adolescência e da juventude. Tenho uns livros esquecidos numa caixa aqui em casa, uma dúzia mais ou menos. Nunca publiquei nenhum deles. Hoje trabalho na Gazeta do Povo. E continuo escrevendo e lendo.
Uma história sem começo nem fim.
Não morra antes de tudo acabar
A noite longa longe
Há muito que sonhar
O sol ainda há de nascer
Não morra hoje não
O que ficou nas lembranças
Caminhos não foram em vão
Não, não morra antes do fim da história
Setembro não chegou
As chuvas estão voltando
Folhas verdes nos campos de outrora
Nunca morra antes de ver o pôr do sol
As montanhas lá para sempre
Ondas jamais deixarão de se formar
Distantes, seus olhos serão o mar
Não morra antes de tudo acabar
Célio Martins
http://portal.rpc.com.br
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial