polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

terça-feira, maio 20, 2008


Tim-tim à beira do abismo


Vaga esta escuna, virgem verso

A não significar mais que o mastro.

Bem longe, afunda o ígneo astro,

Sereias áureas rugem ao reverso.


Naveguemos, ó meus fraternos

Amigos, eu, de vento em popa,

Vocês, em festa, não dêem sopa

À onda que deriva dos infernos.


Minha loucura fala mais alto.

Sem medo do mar, tomo de assalto,

Para fazer aos céus esta oferenda:


- Calmaria, recifes, constelações,

Nada espero ao final da senda,

Salvo o afã de nossos corações!


Mallarmé, por Thadeu W e Roberto Prado

5 Comentários:

Às 21 maio, 2008 , Blogger Giuliano Gimenez disse...

ei polaco,
tô sapecando seus versos

gostei di +

 
Às 21 maio, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Porra, polaco, explica aí como é que vc pode produzir tanto. Onde eu vou tem música, tem livro, tem papel com parceria sua. Vc parece que está em toda parte, carinha. Qual o segredo?
Dá a dica.

Abração

Leandro Lopes

 
Às 21 maio, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Obra prima. Parabéns.

Marcelo

 
Às 22 maio, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Magnífico, uma canto de exaltação à vida e à coragem. Muito bom.

Sandro Negocek

 
Às 23 maio, 2008 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Não tem segredo, Leandro. É só ir fazendo.
Grande abraço

 

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