Tim-tim à beira do abismo
Vaga esta escuna, virgem verso
A não significar mais que o mastro.
Bem longe, afunda o ígneo astro,
Sereias áureas rugem ao reverso.
Naveguemos, ó meus fraternos
Amigos, eu, de vento em popa,
Vocês, em festa, não dêem sopa
À onda que deriva dos infernos.
Minha loucura fala mais alto.
Sem medo do mar, tomo de assalto,
Para fazer aos céus esta oferenda:
- Calmaria, recifes, constelações,
Nada espero ao final da senda,
Salvo o afã de nossos corações!
Mallarmé, por Thadeu W e Roberto Prado
5 Comentários:
ei polaco,
tô sapecando seus versos
gostei di +
Porra, polaco, explica aí como é que vc pode produzir tanto. Onde eu vou tem música, tem livro, tem papel com parceria sua. Vc parece que está em toda parte, carinha. Qual o segredo?
Dá a dica.
Abração
Leandro Lopes
Obra prima. Parabéns.
Marcelo
Magnífico, uma canto de exaltação à vida e à coragem. Muito bom.
Sandro Negocek
Não tem segredo, Leandro. É só ir fazendo.
Grande abraço
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