Bola Perdida
“Os jovens têm todos os defeitos dos mais velhos e mais dois:
“Os jovens têm todos os defeitos dos mais velhos e mais dois:
falta de experiência e de sabedoria.”
Ditado do Azeribaijão
Meus benevolentíssimos leitores, não faz muito tempo o grande pacifista Mahatma Ghandi, ao estender seu magnânimo e beatífico olhar para os estragos que os ingleses provocavam na economia e na vida da Índia, saiu com esta : “Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como o oceano. Só porque existem algumas gotas sujas nele, não quer dizer que ele esteja totalmente sujo.” Concordo em gênero, número e grau.
- Eu também, eu também. Fala engordando o olhar sobre o que escrevo, o Geraldo, o ser que senta à minha direita e que tem entre suas predileções diárias assoar-se, rosnar, coçar-se, flatular e espiar sobre o meu ombro para planejar futuros plágios. Se eu o descrevesse fisicamente, certo, vocês não acreditariam no que estavam vendo, então, vamos deixá-lo como está e seguir em frente, meus turísticos leitores. Comecei com o Azerbaijão, encontro o caminho da Índia e chego ao Brasil. Ao desembarcar, o que vejo? Uma passeata de jovens exibindo cartazes com palavras de ordem: “Queimem livros de poetas curitibanos”, “Quem lê Leminski é traficante”, “Poesia é droga, denuncie”, “Morte aos OSS”, “Marcos Prado é merda pura”, “O Polaco da Barreirinha é pior que bosta” , “Forca para o Ivan Justen” , “Procura-se Koproski, França, Leprevost, vivos ou mortos!” , entre outras que prefiro nem citar, tamanha desfaçatez. Mas isso não tem importância.
A HIDROFOBIA BABILÔNICA ou a ERUPÇÃO DA BABA.
- Mas como assim não tem importância? Quem você pensa que é, ô merda mole de fiofó de scargot? Quantas vezes vou ter que repetir que você é pago para escrever sobre futebol, hein, escriba do satanás? O office-old tenta desestabilizar minha quase canina paciência taoísta. Eu apenas olho-o, vejo-o e, acreditem, enxergo apenas uma espinha enorme e mais nada, à minha esquerda. É impressionante, né, meus esclarecidíssimos leitores, mas vocês hão de concordar comigo, tem certas pessoas que, portando um defeito, só ele aparece. É como se todo o corpo deixasse de existir para dar lugar somente ao que mais lhes incomoda, àquilo que lhes é um câncer na alma. Sim, na alma. No caso do Ribamar, nosso idoso office-boy, as suas espinhas, que em suas freqüentes erupções já soterraram as mais vesuvianas Pompéias. Mas não é isso o que eu queria lhes dizer.
]
PELA BOLA OITO
Certa feita, estávamos eu e Nelson Rodrigues no Estádio Mário Filho, antigo Maracanã, quando fomos apresentados a uma grã-fina da alta sociedade carioca. Ela, com seu nariz de cadáver, vinha pela vez primeira assistir a um jogo de futebol. O peculiar, meus curiosíssimos leitores, é que ela estava completamente transtornada pela impaciência e aos faniquitos exigia: “Me apresentem a Bola! Quero conhecê-la? Quem é a Bola?” O Nelson, como era do seu feitio, olhou-a tão profunda e longamente, que ela instintivamente abotoou o último botão da blusa e, lépida, afastou-se sem se despedir. O senhor que a trouxe até nós riu-se fartamente e isso fez com que sua barriga de ginecologista chegasse ao oitavo mês. Grávido de vaidade, ele nos confidenciou: “Essa aí já enterrou três maridos e tem mais quatro desquites nas costas.Tem quatro babás só para cuidar dos filhos pequenos, os adolescentes estudam na Suíça, é um fenômeno!” E balançando a pança ainda mais enfático: Que mulher! Não perde uma festa!! Nunca trocou uma fralda!!! Terminado o jogo, eu, Nelson e o exuberante balofo pegamos um táxi e fomos em direção a uma boate no Leblon. No caminho ele dizia: -“Ainda bem que a família está com os dias contados! Os jovens vão enterrar de vez a família!” Riu-se e desceu meia dúzia de quadras depois, nos deixando boquiabertos e estupefatos. Após um pequeno silêncio constrangedor, Nelson soltou o verbo: -“Um dias desses eu estava na PUC e havia uma pequena aglomeração e, ao centro, um jovem estudante perguntava: O que é um lar? E ele mesmo respondia enquanto mascava um chicletes talvez imaginário: O que nós chamamos de lar são cadeiras, mesas, camas, paredes, pratos. Fez uma pausa e concluiu com exultante crueldade: Eu não tenho não tenho que respeitar nem móveis, nem louças, nem toalhas, nem paredes. E sabe de uma coisa, Dalton?, foi aplaudidíssimo e carregado em triunfo. Mas isso não me surpreende tanto, escute essa. Outro dia um colega na redação d’O Globo, me dizia espavorido: Minha filha sabe mais do que eu! Perguntei-lhe: Que idade tem tua filha? Resposta: Onze anos. E já sabia mais do que ele. Procurando um isqueiro , o meu amigo disse mais: Só vendo como minha filha chama a mim de chato, à mãe de chata. Não me respeita, a menina. Minha filha é fogo! No fundo, no fundo, estava quase orgulhoso das desfeitas da menina. E Nelson respirou fundo nesse momento, como se algo o preocupasse infinitamente. E , com os olhos vazando luz, finalizou: Esse conceito “Razão da Idade” existe em todos os idiomas. Em toda parte, não se julga o jovem. A ninguém mais ocorre que o jovem pode ser um santo, um herói, um justo, mas também um canalha, um pusilâmine, um pulha assumido. Nelson, em sua sagrada indignação, só voltou a falar quando o garçom se acercou da nossa mesa. Mas não era isso o que eu ia lhes dizer, meus prolixíssimos leitores.
ENTREVISTA COM O VAMPIRO
O Trevisan esteve lá em casa, aproximadamente à meia noite, e, como um vampiro sedento e faminto, apropriou-se da garrafa de licor de ovos e da tigela de broinhas de fubá mimoso. Soltando farelos pela boca, sob o bigodinho que tenta esconder o dentinho de ouro, desembuchou:
- Passei no terreiro do Pai Véio Chico Fantasma e peguei a mensagem mediúnica do Machado de Assis. Tome, eu já li. Saiu e não disse nem tchau. Começo a pensar com meus botões de futebol de mesa e, bruscamente, sou interrompido:
- Já ia me esquecendo...Soube do Torcedor?
- Sei, a partir de amanhã já recebe visitas.
- Vamos lá amanhã?
- É possível. Ia completar, mas a cabeça do Trevisan do jeito que veio foi e desapareceu na fresta da porta, me deixando a sós com o envelope na mão. Trêmulas, minhas mãos rasgam o papel e retiram a folha, de onde salta aos olhos a magnífica caligrafia de Machado:
Dalton, Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento. Assim não dá pra ser feliz.
Felicidades. Ass.: Machado de Assis
Ditado do Azeribaijão
Meus benevolentíssimos leitores, não faz muito tempo o grande pacifista Mahatma Ghandi, ao estender seu magnânimo e beatífico olhar para os estragos que os ingleses provocavam na economia e na vida da Índia, saiu com esta : “Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como o oceano. Só porque existem algumas gotas sujas nele, não quer dizer que ele esteja totalmente sujo.” Concordo em gênero, número e grau.
- Eu também, eu também. Fala engordando o olhar sobre o que escrevo, o Geraldo, o ser que senta à minha direita e que tem entre suas predileções diárias assoar-se, rosnar, coçar-se, flatular e espiar sobre o meu ombro para planejar futuros plágios. Se eu o descrevesse fisicamente, certo, vocês não acreditariam no que estavam vendo, então, vamos deixá-lo como está e seguir em frente, meus turísticos leitores. Comecei com o Azerbaijão, encontro o caminho da Índia e chego ao Brasil. Ao desembarcar, o que vejo? Uma passeata de jovens exibindo cartazes com palavras de ordem: “Queimem livros de poetas curitibanos”, “Quem lê Leminski é traficante”, “Poesia é droga, denuncie”, “Morte aos OSS”, “Marcos Prado é merda pura”, “O Polaco da Barreirinha é pior que bosta” , “Forca para o Ivan Justen” , “Procura-se Koproski, França, Leprevost, vivos ou mortos!” , entre outras que prefiro nem citar, tamanha desfaçatez. Mas isso não tem importância.
A HIDROFOBIA BABILÔNICA ou a ERUPÇÃO DA BABA.
- Mas como assim não tem importância? Quem você pensa que é, ô merda mole de fiofó de scargot? Quantas vezes vou ter que repetir que você é pago para escrever sobre futebol, hein, escriba do satanás? O office-old tenta desestabilizar minha quase canina paciência taoísta. Eu apenas olho-o, vejo-o e, acreditem, enxergo apenas uma espinha enorme e mais nada, à minha esquerda. É impressionante, né, meus esclarecidíssimos leitores, mas vocês hão de concordar comigo, tem certas pessoas que, portando um defeito, só ele aparece. É como se todo o corpo deixasse de existir para dar lugar somente ao que mais lhes incomoda, àquilo que lhes é um câncer na alma. Sim, na alma. No caso do Ribamar, nosso idoso office-boy, as suas espinhas, que em suas freqüentes erupções já soterraram as mais vesuvianas Pompéias. Mas não é isso o que eu queria lhes dizer.
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PELA BOLA OITO
Certa feita, estávamos eu e Nelson Rodrigues no Estádio Mário Filho, antigo Maracanã, quando fomos apresentados a uma grã-fina da alta sociedade carioca. Ela, com seu nariz de cadáver, vinha pela vez primeira assistir a um jogo de futebol. O peculiar, meus curiosíssimos leitores, é que ela estava completamente transtornada pela impaciência e aos faniquitos exigia: “Me apresentem a Bola! Quero conhecê-la? Quem é a Bola?” O Nelson, como era do seu feitio, olhou-a tão profunda e longamente, que ela instintivamente abotoou o último botão da blusa e, lépida, afastou-se sem se despedir. O senhor que a trouxe até nós riu-se fartamente e isso fez com que sua barriga de ginecologista chegasse ao oitavo mês. Grávido de vaidade, ele nos confidenciou: “Essa aí já enterrou três maridos e tem mais quatro desquites nas costas.Tem quatro babás só para cuidar dos filhos pequenos, os adolescentes estudam na Suíça, é um fenômeno!” E balançando a pança ainda mais enfático: Que mulher! Não perde uma festa!! Nunca trocou uma fralda!!! Terminado o jogo, eu, Nelson e o exuberante balofo pegamos um táxi e fomos em direção a uma boate no Leblon. No caminho ele dizia: -“Ainda bem que a família está com os dias contados! Os jovens vão enterrar de vez a família!” Riu-se e desceu meia dúzia de quadras depois, nos deixando boquiabertos e estupefatos. Após um pequeno silêncio constrangedor, Nelson soltou o verbo: -“Um dias desses eu estava na PUC e havia uma pequena aglomeração e, ao centro, um jovem estudante perguntava: O que é um lar? E ele mesmo respondia enquanto mascava um chicletes talvez imaginário: O que nós chamamos de lar são cadeiras, mesas, camas, paredes, pratos. Fez uma pausa e concluiu com exultante crueldade: Eu não tenho não tenho que respeitar nem móveis, nem louças, nem toalhas, nem paredes. E sabe de uma coisa, Dalton?, foi aplaudidíssimo e carregado em triunfo. Mas isso não me surpreende tanto, escute essa. Outro dia um colega na redação d’O Globo, me dizia espavorido: Minha filha sabe mais do que eu! Perguntei-lhe: Que idade tem tua filha? Resposta: Onze anos. E já sabia mais do que ele. Procurando um isqueiro , o meu amigo disse mais: Só vendo como minha filha chama a mim de chato, à mãe de chata. Não me respeita, a menina. Minha filha é fogo! No fundo, no fundo, estava quase orgulhoso das desfeitas da menina. E Nelson respirou fundo nesse momento, como se algo o preocupasse infinitamente. E , com os olhos vazando luz, finalizou: Esse conceito “Razão da Idade” existe em todos os idiomas. Em toda parte, não se julga o jovem. A ninguém mais ocorre que o jovem pode ser um santo, um herói, um justo, mas também um canalha, um pusilâmine, um pulha assumido. Nelson, em sua sagrada indignação, só voltou a falar quando o garçom se acercou da nossa mesa. Mas não era isso o que eu ia lhes dizer, meus prolixíssimos leitores.
ENTREVISTA COM O VAMPIRO
O Trevisan esteve lá em casa, aproximadamente à meia noite, e, como um vampiro sedento e faminto, apropriou-se da garrafa de licor de ovos e da tigela de broinhas de fubá mimoso. Soltando farelos pela boca, sob o bigodinho que tenta esconder o dentinho de ouro, desembuchou:
- Passei no terreiro do Pai Véio Chico Fantasma e peguei a mensagem mediúnica do Machado de Assis. Tome, eu já li. Saiu e não disse nem tchau. Começo a pensar com meus botões de futebol de mesa e, bruscamente, sou interrompido:
- Já ia me esquecendo...Soube do Torcedor?
- Sei, a partir de amanhã já recebe visitas.
- Vamos lá amanhã?
- É possível. Ia completar, mas a cabeça do Trevisan do jeito que veio foi e desapareceu na fresta da porta, me deixando a sós com o envelope na mão. Trêmulas, minhas mãos rasgam o papel e retiram a folha, de onde salta aos olhos a magnífica caligrafia de Machado:
Dalton, Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento. Assim não dá pra ser feliz.
Felicidades. Ass.: Machado de Assis
AGORA É TARDELLI.
Claro é isso! O Machado está certo. Eis a raiz, eis a verdade inexorável. Mas isso não tem importância. O que vale é ponto corrido e o campeonato brasileiro desembestou. Domingo passado, o Tardelli provou, ao vivo e em cores, para todo Brasil que não sabe pra que é que serve o apito. O fato é que ele é um juiz sem juízo e, na sua sandice, passou a mão cheia de dedos no Coritiba. Um descalabro, um achaque, um roubo. Assim podemos definir a sua atuação nos três pênaltis que deixou de marcar para os coxas. Dizem os mais mansos que o empate foi bom, mas quem entende de futebol viu outra coisa. O Polaco da Barreirinha me telefonou para contar que encontrou, na festa de nove anos do Beto Batata, o Maringas, indignado e soltando fogo pelas ventas: "Perdoando demasiadamente aos que cometem faltas, fazemos uma injustiça contra os que não as cometem." E quase saltando os olhos, completou: "É o medo o mais ignorante, o mais injusto e cruel dos conselheiros. Tenho certeza absoluta que o Tardelli é um cagão, se borrou todo de medo dos sampaulinos." O Polaco ainda fez a gentileza de me mandar a foto do insólito encontro, que aproveitei para ilustrar a crônica de hoje. Mas isso não tem importância. O Atlético também somou um ponto, mas não está jogando absolutamente nada. O novo técnico, prestigiadíssimo, fala em mudanças radicais, pois não gostou nadica do que viu. O mesmo discurso passa pela garganta do Bonamigo, que amargou mais um péssimo resultado em casa. Talvez o Paraná queira mesmo a lanterna porque não vê uma luz no fim do túnel.
O Roberto Prado, na sua enorme generosidade, me ligou na segunda de madrugada, aflito:
- Dalton, o futebol do Paraná não tem representação. Os nossos políticos, dirigentes e representantes são um bando de puxa-sacos que cada vez aumentam mais. Ninguém faz porra nenhuma. Ou você acha que só os remorsos suprem a justiça?
- Bem, Beco, penso que...O desgracido desligou e não disse nem boa noite. Fico a sós com minha insônia e penso em vocês, meus queridos leitores. Vocês que torcem pelo Coritiba, Atlético, Paraná. Vocês que entregam parte de seus suados salários em troca de um ingresso e torcem e vibram e se emocionam. Vocês querem, no mínimo, que os jogadores façam a mesma doação, que ponham o coração no bico da chuteira e honrem a camisa que um dia pertenceu a um Krueger, Zé Roberto, Evair, Sicupira, Assis, Régis, Saulo. Pode até perder, mas que até o último segundo o time esteja apertando a goela do adversário e bafejando na nuca.
SEM O ALEX, A RAPOSA MIA.
Vem aí, o Cruzeiro, a pedra da vez no sapato do Coritiba. Mas sem aquele que já foi nosso maior craque e deles também, o Alex. A torcida Coxa não quer nem saber, com Carlinhos Paraíba no time jogando com Michael ao seu lado, não tem pra ninguém. E time por time sou mais o verdão. O Couto lotado é sempre um jogador a mais e o time está jogando bem, na maior parte do tempo. Para vencer, basta entrar ligado, totalmente focado no jogo, que a raposa entrega os pontos. O Atlético vai a São Paulo pegar o Palmeiras, que vai jogar desfalcado. Mas não significa muita coisa, pois o Luxemburgo é um estrategista de mão cheia e o Atlético não mete medo em mais ninguém. O Roberto Fernandes diz que vai mudar isso, mas só teve pouco mais de uma semana para trabalhar. O Paraná...bem...é melhor deixar pra lá, por enquanto, para não atrapalhar. Mas não brinquem com o Ceará, porque o estádio pode cair de vez. Como diz meu amigo Batista de Pilar, paranista doente: agora é ganhar ou ganhar.
Mas isso não tem importância.
NÃO SE MATE E NEM CORTE O SEU PESCOÇO: DEUS ESTÁ CONOSCO.
O que eu queria mesmo lhes dizer, meus cordialíssimos leitores, é que o Brasil ainda vai ser tudo aquilo que queremos. Se hoje vemos bandos de desonestos, dúzias de falsários, pencas de ladrões, vagões de corruptos, carretas de indecentes, contâineres de traficantes e contrabandistas aos montes, vamos pensar que entre eles existem jovens, adultos e velhos. A idade não importa nem para o bem nem para o mal. O que importa mesmo é a consciência de que juntos formamos uma nação e ela é o que nós somos. Há lugar para todos, poetas, pensadores, religiosos, artistas, trabalhadores, enfim, os que aprenderam que viver é somar experiências, acumular ensinamentos e caminhar ao encontro da verdade, da justiça e da solidariedade. A ignorância é a raiz de todo mal, meus sapientíssimos leitores.
Poupem-me todos aqueles que ainda não são o que deveriam ser.
Dalton Machado Rodrigues
NÃO SE MATE E NEM CORTE O SEU PESCOÇO: DEUS ESTÁ CONOSCO.
O que eu queria mesmo lhes dizer, meus cordialíssimos leitores, é que o Brasil ainda vai ser tudo aquilo que queremos. Se hoje vemos bandos de desonestos, dúzias de falsários, pencas de ladrões, vagões de corruptos, carretas de indecentes, contâineres de traficantes e contrabandistas aos montes, vamos pensar que entre eles existem jovens, adultos e velhos. A idade não importa nem para o bem nem para o mal. O que importa mesmo é a consciência de que juntos formamos uma nação e ela é o que nós somos. Há lugar para todos, poetas, pensadores, religiosos, artistas, trabalhadores, enfim, os que aprenderam que viver é somar experiências, acumular ensinamentos e caminhar ao encontro da verdade, da justiça e da solidariedade. A ignorância é a raiz de todo mal, meus sapientíssimos leitores.
Poupem-me todos aqueles que ainda não são o que deveriam ser.
Dalton Machado Rodrigues
31 Comentários:
Adoro isso aqui.
Isso que eu chamo de uma babada bem dada. Parabéns, Dalton, não perco uma.
Flávio
Isso, Dalton, judia de quem te ama.
kkkkkkkk
Ab
Célio Ribas
Brilhante.
Antônio César Alves
Eita polaco filho de uma égua.
Uma obra prima, texto de um bom gosto admirável.
Beto
É muito texto pra ler. Poupe-me Dalton.
Não é um texto, Polaco, é um monumento.
Fabiano
Este comentário foi removido pelo autor.
Gostei das cores e dos negritos, ajuda bastante a leitura.
Quem diz que futebol não é cultura, nunca passou por aqui.
Magali
ADMIRÁVEL.
ser humilde é ser simples, e ser simples
é extremamente difícil
o Dalton tem tanta humildade e simplicidade em seus textos, que para os
leitores "carregados de vaidade de quem já sabe" fica extremamente difícil compreender não só verbalmente como
"almamente"? Ainda bem que a maioria
dos leitores desta coluna parecem compreender a parábola do semeador( de um multiplica por 100, divide por 2,diminui 37 e do saldo 13 se multiplica...
Lendo o 13º comentário deste blog,já sabendo que na próxima sexta vai estar
como sempre melhor que a sexta passada presente e futura ou fora do tempo...lembrando da parábola do semeador, vou através dos meus
e-mail espalhar a semente. Espero que onde ela caia,tenha húmus de minhoca em abundância!Façam o mesmo assíduos comentaristas, não deixe este blog cair nos espinhos e ser sufocado pela inveja e ignorância.
NO MEU BLOG DE HOJE TEM O MEU 3º DELÍRIO MENTAL E OS PALPITES DA LOTECA.PARA ENTENDER O 3º , TEM QUE LER O 2º E PARA ENTENDER O 2º TEM QUE LER O 1º.
MEU BLOG: chicocoxabranca.blogspot.com
e-mail: chicofantasma15@bol.com.br
Um amigo meu de MG disse que houve um cometário preocupante entre os jogadores do Cruzeiro: - O PARAÍBA vai jogar, cuidado com o cara,mas cuidado mesmo.
Meu palpite é que o Coxa ganha, e o Atlético empata.Parabéns Globo pelas transmissões de nossos times na TV!
Este comentário foi removido pelo autor.
Mestre Dalton Machado Rodrigues, com um nome desses não poderia ser diferente, confesso que fiquei emocionado com o teor de suas crônicas. Passando do humor refinado para o pastelão, da frase feita para o ditado popular, da economia para a filosofia, da religião para os costumes, do deboche para o futebol, todos os assuntos se fundem em tempos diferentes mas presentes o tempo todo. As frases polidas para atingirem o brilho e o efeito máximos. Gostaria de lhe cumprimentar, mestre, pois é tão difícil encontrar textos para ler desse calibre. Chamo-o, se me permite a licença, de mestre. Mestre verdadeiro, aquele que mostra o caminho.
Um grande e afetuoso abraço
Ernani Soares França
Achei bonzinho, quase meiaboca.
Grande, Polaco.
Tô de olho.
Renato Florentino
Valeu pela aula.
Quem me dera ter 1% da tua capacidade de escrever, Polaco.
É inacreditável mesmo. Só quem acompnha sabe.
Jogas pérolas aos porcos. Tenho pena de ti. Tu tens é que colocar em algum jornal e faturar. Não sejas bobo.
Um amigo
Torpedo na idéia.
Abraço.
Lincon de Almeida Filho
Se comunicar e cooperar é uma das formas de enxergar a origem e a permanência da vida. Uma outra é a sobrevivência.
Du caráio,véio!
Nem é tanto assim
Dá-lhe coxa
Zito
Pessoalmente, fiquei honrado com minha condenação à forca - mas faria questão de que guilhotinassem na mesma hora o Flávio Jacobsen...
Roubalheira do caralho.
Um Pânlti não dado e um gol anulado. Ah puta que o paiu
Quem não lê atentamente sua crônica não sabe o que está perdendo. Parabéns.
Milton Coelho
Taí, gostei.
Marcos Rogério
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