polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

quarta-feira, junho 25, 2008


João da Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), a 24 de novembro de 1861 e morreu em Estação do Sítio, 19 de março de 1898) foi um poeta brasileiro, alcunhado Dante Negro e Cisne Negro. Foi um dos precursores do simbolismo no Brasil.
Filho de
negros alforriados, desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.
Em
1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor em Laguna (SC) por ser negro. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em Fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética) e, em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura.
Faleceu a
19 de Março de 1898 no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Ao chegar, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, dentre eles José do Patrocínio, onde permanece até hoje. A grande ironia é que o poeta e seus filhos morreram de doenças provocadas pela fome e hoje Cruz e Sousa dá nome ao
Palácio do Governo de Santa Catarina.

1 Comentários:

Às 25 junho, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Thadeu:

Sou eu de novo.
O Sousa do Cruz é com ésse.
Assim, como eu escrevi.

Elza

 

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