Consumatum est
Escrevo o tempo todo sem parar,
Compulsiva e tresloucadamente,
Como se fosse morrer de repente,
Antes desse poema se acabar.
Quase não reescrevo. O que sai
Já vem pronto e está consumado...
Seria apenas vaidade demais
Querer arrumar o desarrumado.
Muito mais do que vaidade, aliás,
Apego à matéria eu diria até,
Pois, se crio, sou o legítimo pai,
Cabe ao filho ser aquilo que é!
Escrevo porque já estava escrito
Que a vida me pegaria pra cristo?
Não sei e não quero saber nada disso,
Eu sei que escrevo, logo, existo!
Antonio Thadeu Wojciechowski
6 Comentários:
Consumatum est
sem parar se acabar
desarrumado.
vaidade, aliás,
Apego à matéria
o legítimo pai,
aquilo que é!
(não o que será)
escrito
pra cristo?
nada disso,
(...)
escrevo, logo, existo!
quem escreveu isso ?
espaço novo na ree. apareçam:
http://www.claudiobettegaemcena.blogger.com.br
Tõ, gostando de ver, Norton. Que maravilha seria esse blog se todos comentassem, brincassem, xingassem,
ou sei lá mais o quê.
Tô com saudades do amigo.
E das lagostas(ihihihih)
Há tempos venho acompanhando o que acontece por aqui. Não sou muito de externar minhas opiniões, porém, gostaria que soubesse que gosto muito da maneira que você escreve. Sem rebuscamentos, simples e direto e ao mesmo tempo com muita emoção. Há muitos anos faço uma seleção com os poemas que gosto, você é um dos que tem mais poemas incluídos. Parabéns e continue sempre assim, porque dái faço um caderno só para os seus.
Com o afeto do Fernando Domingues
também curti muito esse poema.
Vc escreveu "escrevo, logo existo". Mas sabendo que cabe "ao filho ser aquilo que é", vc cria um bonito labirinto... (pensamentos blanchotianos...)
Obrigado, Fernando, pode comprar então um cadernão de 500 folhas (rsrs).
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