saúde?!
ao querido amigo Rodrigo Ponts
tem dias que eu encho o caveirão até vazar
me sinto uma ilha cercada por todos os lados
latas, garrafas, copos e tocos de cigarro
às vezes, lembro do Marcos, do Leminski,
amigos que amei e bebi e fumei até morrê-los
todos poetas em tudo, nesse tudo agora mais
é tão difícil não tê-los mais por perto
o camelo traz em seu corcovado
um cristo pregando no meu deserto
tenho essa sede que não pára
antes que o corpo caia como um copo que cai
e é assim que minha vida vai
não ter tristeza suficiente para mais uma lágrima
nem alegria para um brinde contagiante
apenas esse arrastar como se eu já estivesse mais adiante
tenho de parar de beber, de fumar, de estar sempre no limite
caso contrário sou mais um dessa estirpe rara extinta
mas isso não é o pior que pode acontecer, acredite
antonio thadeu wojciechowski
7 Comentários:
de quando em vez
é foda a coisa...
Del Grossi
Ta certo, Thadeu.Morrer não é o pior. Pior é parar de viver. Mas você é bom de briga. Vai espernear muito ainda e nos mostrar como se faz poesias assim: no limite
Me alegrou sabê-los por aqui, poetas. Hoje, revendo coisas, encontrei o email que o Rodrigo Ponts me enviou pouco antes de morrer, fiquei profundamente emocionado.
Bjs
Thadeu
Muito bom este poema, Thadeu, mesmo achando que vc não está se arrastando. Abração
pois é, thadeu.
o brasil continua sendo aquela república federativa do oswald. cheia de árvores e gente dizendo adeus...
o foda é que ficar sempre parece doer mais que partir.
mas não desanima, não, que tem muita gente que te admira pra caralho e te quer por perto. eu entre eles.
grande abraço, gerson.
PÔ, Alexandre, como é que vc me desaparece? Onde vc anda, cara?
Abs
Thadeu
Obrigado, Gerson.
Bom te ver por aqui, precisamos marcar mais um encontro e tomar algumas.
Carinho do
Thadeu
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial