O DIA QUE EU MATEI O WILSON MARTINS
Capítulo 2
O povo é mais um na multidão.
O mar seria um filósofo de mão cheia, pena
Que pouca gente entenda suas claras lições.
Em seu fluxo e refluxo, à luz da lua plena,
Nova ou em quartos, muda a vista, construções
Caem, ilhas devastadas, pedras viram pó,
E, muita vez, apenas, por ser mar e só
Arranca da garganta um emocionado oh!
Força maior do mundo, sua água profunda
Modela e dá formato a essa superfície,
Que deslumbra e encanta e em terror afunda
Gigantescas vaidades como o Titanic.
A maré esvaziou, nada agora se parece.
O cadáver na cova, a última prece,
A vela que se consome e desaparece.
Flores murchas suspiram essências, perfumes,
Hálitos divinais, colorações pôr-do-sol...
A noite cai; estrelas, em grandes cardumes,
Aplaudem todo o lusco-fusco do arrebol.
Na dura laje, o morto, enrijecido, sonha
Solidões infinitas entre o bico da cegonha
E a caixa derradeira... nada mais que uma onda...
Nada mais...
Na catedral, um sino ensina ao silencioso
Transeunte a melodia mediúnica do bronze.
A alma é mais triste e só do que um vaso ocioso,
Quanto mais olhamos para dentro, mais longe
Ela se afasta e foge do corpo que, por
Querer ser mais do que vaso, que a guarda flor,
Não vê que a semelhança é sem tirar nem pôr.
Nos bares a conversa é uma só: o enterro.
“Duzentas mil, no mínimo!” Berra alegrinho
O gordo vesgo, trêmulo como um bezerro,
Que acaba de nascer. De pouquinho em pouquinho,
O álcool começa a agir e põe fim à timidez.
Agora, todos falam, sem respeitar vez
Ou ordem, como órfãos do quem sabe e do talvez.
“Cê tá louco, ô pudim de pinga batizada!
Não tinha mais de cem mil, isso exagerando...
E olhe lá! Curitibano só dá mancada.
Ô racinha pra gostar da hipérbole quando
Vai contar uma coisa qualquer!” Retrucou
Um manguaceiro querendo aparecer ou
Querendo confusão. E o pior é que encontrou!
Um polaco da gema mesmo, narigão
Disforme, cabelo loiro espiga, barriga
Barrilizada, deu-lhe um forte bofetão,
Dando ínício a brutal pancadaria. Se briga
Não dá camisa a ninguém; pelo menos, tira.
Em questão de minutos, já faziam fila
Diante do espelho os farrapos adeptos da ira.
Graças aos deixa disso, o bar volta ao normal
E a conversa, ao assunto. O polaco retoma:
“Na frente d’eu, ninguém, mas ninguém fala mal
De meu cidade. Aqui eu nasceu e se eu mora,(*)
Aqui eu me entero, junto com pai e mamãe meu.”
Lágrimas esguicharam, mas continuou seu
Discurso. “Eu leu Wilson, mas não entendeu.”
Um senhor, de aparência grave, até então
Quieto no seu canto, emocionado, emendou:
“O Wilson não escreveu para o nosso povão.
Ele o fez para mestres, estudiosos. Sou
Cada vez mais adepto desse raciocínio.
Sua intenção foi clara, adotou o ensino
Pra ajudar escritores, poetas. É um caminho.”
A garçonete ouve e não se contém: “Senhor!
Pelo amor de Deus! Menos, por favor, bem menos!
Se currículo fosse prova de valor,
O mundo não estaria assim, não é mesmo?
Verticalização de conteúdos gera
Aberrações, dialetos, e isso aí já era.
Quem quer chamar pinto, que encha o cu de quirera!”
A gargalhada faz tremer copos nas mesas.
O polaco partiu pro abraço todo doce,
Melado de emoções. “Eu já pagou despesas.
Mas abre outra conta, você como filha fosse!”
O grupinho, que ocupa a mesa central,
Diverte-se à farta, como se, na real,
Tudo ali parecesse engodo intelectual.
Mas quando um cabeludo, com pilhas de livros
Sob os braços, entrou, gritando e repetindo
O refrão: “Leiam livros, livro é para os vivos!”,
Foi que a cena non sense afetou-os: “Que lindo!”
Diz a engrupadinha ruiva, tocando o óculos.
“Eu pra ver beleza nisso quero binóculos.
A fanfarronice burra me trinca os ovos!
O que é que tem de lindo nesse refrão? Me diz.”
O agressivo tom dá a impressão de algo mais.
Não é só um rapazola que quer ser feliz;
Ao contrário, insinua briga de casais.
No mesmo tom que ele vem, ela vai que vai:
“Me dá nojo essa empáfia. Parece meu pai,
Só fica no meu pé, me contrariando. Sai!
A beleza do gesto é que me comoveu.
Você é um idiota da objetividade,
Que não vê, na atitude dos outros, seu Eu
E por isso menospreza a capacidade
Alheia e interage pela negação.”
É mesmo impressionante o efeito da reação,
Quando as palavras provocam forte emoção.
O rapazinho sai do fundo da cadeira
E quase levita na atmosfera pesada,
Que a ruiva deixou no ar. “Foi uma brincadeira!
Nada sério, eu só queria fazer piada,
Mas acho que foi mal. Melhor deixar morrer
Esse assunto e partir pra outro. Pode crer,
A essa infantilidade, não vou recorrer!”
Disse tudo num único sopro e ajoelhou-se:
“Eu não quero que a gente brigue, meu amor.
Me perdoe se a magoei, não foi por mal. Se fosse,
Eu não estaria assim, pedindo por favor.”
Tristes lágrimas mostram o quanto foi fundo
Em seu coração. Ela, olhando o chão imundo
Em que ele se ajoelhara, cai em choro profundo.
“Culpa do Wilson, querido, culpa desse monstro
E suas análises do romance e da vida.
Deixei-me levar pela raiva, mas demonstro
Agora que nosso amor não é de despedida.
Não quero a intelectualidade, sou tua
Mulher, quero deitar completamente nua
E amá-lo como amam as cadelas da rua!
(*) Os descendentes de poloneses têm muita dificuldade com a sintaxe e com a pronúncia dos RR. Assim, morra vira mora, enterro, entero e aí vai. Bem como invertem as funções sintáticas e utilizam o tratamento errado: sujeito na primeira pessoa e verbo na terceira. Isso lhes dá uma graça muito peculiar e talvez seja uma das razões por serem tão bem quistos e respeitados. É só lembrar da sintaxe do nosso ítalo-brasileiríssimo Adoniran Barbosa.
Fim do capítulo 2
Capítulo 2
O povo é mais um na multidão.
O mar seria um filósofo de mão cheia, pena
Que pouca gente entenda suas claras lições.
Em seu fluxo e refluxo, à luz da lua plena,
Nova ou em quartos, muda a vista, construções
Caem, ilhas devastadas, pedras viram pó,
E, muita vez, apenas, por ser mar e só
Arranca da garganta um emocionado oh!
Força maior do mundo, sua água profunda
Modela e dá formato a essa superfície,
Que deslumbra e encanta e em terror afunda
Gigantescas vaidades como o Titanic.
A maré esvaziou, nada agora se parece.
O cadáver na cova, a última prece,
A vela que se consome e desaparece.
Flores murchas suspiram essências, perfumes,
Hálitos divinais, colorações pôr-do-sol...
A noite cai; estrelas, em grandes cardumes,
Aplaudem todo o lusco-fusco do arrebol.
Na dura laje, o morto, enrijecido, sonha
Solidões infinitas entre o bico da cegonha
E a caixa derradeira... nada mais que uma onda...
Nada mais...
Na catedral, um sino ensina ao silencioso
Transeunte a melodia mediúnica do bronze.
A alma é mais triste e só do que um vaso ocioso,
Quanto mais olhamos para dentro, mais longe
Ela se afasta e foge do corpo que, por
Querer ser mais do que vaso, que a guarda flor,
Não vê que a semelhança é sem tirar nem pôr.
Nos bares a conversa é uma só: o enterro.
“Duzentas mil, no mínimo!” Berra alegrinho
O gordo vesgo, trêmulo como um bezerro,
Que acaba de nascer. De pouquinho em pouquinho,
O álcool começa a agir e põe fim à timidez.
Agora, todos falam, sem respeitar vez
Ou ordem, como órfãos do quem sabe e do talvez.
“Cê tá louco, ô pudim de pinga batizada!
Não tinha mais de cem mil, isso exagerando...
E olhe lá! Curitibano só dá mancada.
Ô racinha pra gostar da hipérbole quando
Vai contar uma coisa qualquer!” Retrucou
Um manguaceiro querendo aparecer ou
Querendo confusão. E o pior é que encontrou!
Um polaco da gema mesmo, narigão
Disforme, cabelo loiro espiga, barriga
Barrilizada, deu-lhe um forte bofetão,
Dando ínício a brutal pancadaria. Se briga
Não dá camisa a ninguém; pelo menos, tira.
Em questão de minutos, já faziam fila
Diante do espelho os farrapos adeptos da ira.
Graças aos deixa disso, o bar volta ao normal
E a conversa, ao assunto. O polaco retoma:
“Na frente d’eu, ninguém, mas ninguém fala mal
De meu cidade. Aqui eu nasceu e se eu mora,(*)
Aqui eu me entero, junto com pai e mamãe meu.”
Lágrimas esguicharam, mas continuou seu
Discurso. “Eu leu Wilson, mas não entendeu.”
Um senhor, de aparência grave, até então
Quieto no seu canto, emocionado, emendou:
“O Wilson não escreveu para o nosso povão.
Ele o fez para mestres, estudiosos. Sou
Cada vez mais adepto desse raciocínio.
Sua intenção foi clara, adotou o ensino
Pra ajudar escritores, poetas. É um caminho.”
A garçonete ouve e não se contém: “Senhor!
Pelo amor de Deus! Menos, por favor, bem menos!
Se currículo fosse prova de valor,
O mundo não estaria assim, não é mesmo?
Verticalização de conteúdos gera
Aberrações, dialetos, e isso aí já era.
Quem quer chamar pinto, que encha o cu de quirera!”
A gargalhada faz tremer copos nas mesas.
O polaco partiu pro abraço todo doce,
Melado de emoções. “Eu já pagou despesas.
Mas abre outra conta, você como filha fosse!”
O grupinho, que ocupa a mesa central,
Diverte-se à farta, como se, na real,
Tudo ali parecesse engodo intelectual.
Mas quando um cabeludo, com pilhas de livros
Sob os braços, entrou, gritando e repetindo
O refrão: “Leiam livros, livro é para os vivos!”,
Foi que a cena non sense afetou-os: “Que lindo!”
Diz a engrupadinha ruiva, tocando o óculos.
“Eu pra ver beleza nisso quero binóculos.
A fanfarronice burra me trinca os ovos!
O que é que tem de lindo nesse refrão? Me diz.”
O agressivo tom dá a impressão de algo mais.
Não é só um rapazola que quer ser feliz;
Ao contrário, insinua briga de casais.
No mesmo tom que ele vem, ela vai que vai:
“Me dá nojo essa empáfia. Parece meu pai,
Só fica no meu pé, me contrariando. Sai!
A beleza do gesto é que me comoveu.
Você é um idiota da objetividade,
Que não vê, na atitude dos outros, seu Eu
E por isso menospreza a capacidade
Alheia e interage pela negação.”
É mesmo impressionante o efeito da reação,
Quando as palavras provocam forte emoção.
O rapazinho sai do fundo da cadeira
E quase levita na atmosfera pesada,
Que a ruiva deixou no ar. “Foi uma brincadeira!
Nada sério, eu só queria fazer piada,
Mas acho que foi mal. Melhor deixar morrer
Esse assunto e partir pra outro. Pode crer,
A essa infantilidade, não vou recorrer!”
Disse tudo num único sopro e ajoelhou-se:
“Eu não quero que a gente brigue, meu amor.
Me perdoe se a magoei, não foi por mal. Se fosse,
Eu não estaria assim, pedindo por favor.”
Tristes lágrimas mostram o quanto foi fundo
Em seu coração. Ela, olhando o chão imundo
Em que ele se ajoelhara, cai em choro profundo.
“Culpa do Wilson, querido, culpa desse monstro
E suas análises do romance e da vida.
Deixei-me levar pela raiva, mas demonstro
Agora que nosso amor não é de despedida.
Não quero a intelectualidade, sou tua
Mulher, quero deitar completamente nua
E amá-lo como amam as cadelas da rua!
(*) Os descendentes de poloneses têm muita dificuldade com a sintaxe e com a pronúncia dos RR. Assim, morra vira mora, enterro, entero e aí vai. Bem como invertem as funções sintáticas e utilizam o tratamento errado: sujeito na primeira pessoa e verbo na terceira. Isso lhes dá uma graça muito peculiar e talvez seja uma das razões por serem tão bem quistos e respeitados. É só lembrar da sintaxe do nosso ítalo-brasileiríssimo Adoniran Barbosa.
Fim do capítulo 2
41 Comentários:
Achei que você ia postar só depois de amanhã, como havia anunciado, mas, surpresa, abro pra ler os comennts e dou de cara com essa jóia preciosa. Excelente, Thadeu, você se superou. Lirismo à flor da pele. Parabéns mesmo.
Flavio
Duca sensei da vodka
ruga
Dizem que morreu soletrando W-o-j-c-i-e-c-h-o-w-s-k-i.
Anônimo Desconhecido.
O mar seria um filósofo de mão cheia, pena que pouca gente entenda suas claras lições...
antrológica...
chutou o cachorro sentado na cadeira de vime? caim-caim-caim... isso é dorival elevado ao quadrado...
vasos, tempo pra sair do corpo túmulo, palavras cruzadas ou pura iniciação, Cabala heim bichim semvergoi...
polaco, tu é índio porra... guarani, os mais divinos do br...
Isso aqui é bom demais. Que porrada, meu! O texto parece conversar com a gente. Beleza da mais pura gema.
Meus amplexos
Tomás Andrade
Maravilha! Seu jeito de escrever é realmente divino, as coisas ficam fáceis, simples, é como se eu estivesse ouvindo uma melodia e aprendendo a conversar comigo mesma. Não entendo o que você faz pra conseguir isso, mas adoro.
Bj
Leila
Vc vai pagar caro, filho da puta!
As quatro primeiras estrofes são divinas maravilhosas, não li nada melhor na vida.
Beijo
BB
vc vai morer, polaco da pora
vc vai morer, polaco da pora
ass. Italianada
Não sou do tipo que fica fazendo elogios, gosto de ser crítico e ajudar a encontrar caminhos, mas fico desconcertado diante de seus versos. As quatro primeiras estrofes desse capítulo são realmente magistrais, forma e conteúdo caminham de mãos dadas por uma alameda onde cada pedra é mais preciosa do que a outra. Claro que as outras também são muito boas, mas essa divagação do narrador eleva o lirismo a um ponto que eu ainda não tinha visto. Lembra vagamente o Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa e Jorge de Lima pelas emanações sonoras, só que mais espontâneo, mais chão, mais cotidiano, muito próximo da alma brasileira. Se o 1 merece 10, este merece 11. Perdoe-me por essa mania professoral de querer dar nota.
Meus respeitos e carinho
Eduardo Monteiro Santos
Estonteante, fenomenal.
Beto
A beleza dos versos é um capítulo à parte
mar filósofo
solidões infinitas entre o bico da cegonha e a caixa derradeira
melodia mediúnica do bronze
construções de cair o queixo
e ressuscitar o verso
Ângelo Mendonça
Que preciosidade, hein, polaco? Do comovente ao hilário num epa. Uma novelha de tirar o fôlego.
Um abraço admirado, Gerson.
polaco da pora, ducarralho
Mais do que genial, muito mais que sensacional, você é um mágico, polaco.
Fiquei de boca aberta.
Lauro Ramos
Pare enquanto é tempo seu filho da puta.
Nem ligue, Thadeu, são os ignorantes de plantão.
Está uma delícia a novela.
Bj
Sandrinha
Você é foda, quando eu penso que chegou ao limite, me aparece uma obra prima dessas na cara. Sou teu fã de verdade.
Um bj
Fabiano
Concordo em gênero, número e grau com os elogios que estão nos comennts. Maravilhoso é pouco pra definir.
Arthur Fialho Netto
Cada vez melhor, isso é o que mais aprecio em você.
Dalton
Será que o Wilson navega?
Eu daria 10 mil reais para ler seus pensamentos durante a leitura dessa novelha. E vc, Polaco, daria quanto?
Rui(gringo)
Que roteiro para um filme, hem Thadeu?
Muito bom.
Vítor Belém
Eu não dou nada porque estou sem nenhum, Rui. Apareça sempre.
Careqa, quando vc vem a Curitiba?
Preciso falar com você.
Abração e obrigado por essas deferências supervalorizadas que você faz a minha pessoa.
Thadeu
Eu te ligo semana que vem, Careqa.
Não é sangria desatada.
E obrigado mais uma vez pelo comment.
Dois abraços.
Thadeu
Bravo, bravíssimo! Uma sinfonia para os ouvidos.
Cláudio Siqueira
Porco, fascista, vagabundo.
Legal, carinha, pegou na veia o tom e a levada.
Abs
Hélio Pontes
Manera pacas.
Cara, que puta texto! Não conhecia nada por aqui, levei um baita susto com a altíssima qualidade.
Volto sempre.
Rafael Dinare
Grande Thadeu, uma mistura de Adoniram, Gregório de Mattos e vodka. Cara, acho que você está prestes a escrever a sua grande obra (ou já a escreveu?!). Fico no aguardo do capítulo três.
Abração
Ah, mais uma coisa: seria genial se estes comentários te xingando fossem escritos pelo Guardador de Vaca ou pelo Comedor de Ranho. Pq são os mais engraçados da caixa de comentários.
abraço 2
não dá prá perder a única novela que é poesia...
bjs
Pegou pesado, hein, Tadeu. Devagar com o velhinho. O velho morre e vai arrastar corrente na tua casa.
Jorge
Tô adorando.
Alice Cordeiro
Thadeu, vc podia fazer uma auto-entrevista depois da novela e contar como é esse processo de criação. Acho que ficaria interessante, que tal?
Bj
Sandra Gomes
Mata o véio, mata, polaco!
Quando é que vai acontecer? Tô ansioso.
Leandro Vergueiro Jr.
Pode ser, Sandrinha. Achei bem interessante, mas acho que ficaria mais legal se eu convidar uns amigos para me perguntar. Meia dúzia deles falando barbaridades ficaria ainda mais interessante. O vc acha?
Ab
Thadeu
Ô, Alexandre, o Rodrigo, que se assina Ruga, é que deve ser o lazarento. Conheço a peste.
Abração
Thadeu
Maravilhosamente bem construído o poema todo. O primeiro também. Estou chegando hoje e já estou gostando muito.
Abelardo Felkhe
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