polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

quarta-feira, março 12, 2008






De repente


Eis aí mais três repentes

que junto com o Octávio e a Bárbara

se transformaram em lindas canções.




canção do onanista puro


basta eu baixar a cueca
e a minha mão se aproximar de mim
pra eu ter uma eureka
e me fazer feliz assim

a memória comparece
o membro enrijece
eu me toco e acho o foco
da grande angular da minha vida

quanto tempo perdido de assalto
esperando na beira do cais
sem chegar nunca a uma resolução

nossa tão distante paixão esquecida
pensei que era uma estrada só de ida
mas agora, na volta, o que me revolta
é ter passado tantos anos sem você
minha mão querida


amor mal curado

eu pensava que a vida era um caixão
que a gente vai baixando a tampa aos poucos
até não entrar nenhum fiapo de luz
mas vi que não é bem assim
toda história que envolve um ser humano
é uma história de amor
as pessoas adoecem
de acordo com o que aconteceu com o amor de cada um


amor oblíquo


pode piscar pra mim
e dizer que me ama
eu sei que me engana
quem diz frases assim

a palavra pode ser aquilo que você nem imagina
a alma se inclina ao bem
o mal fica sempre sem ninguém
ao seu lado
um café passado adoçado
com sal, com sal, com sal
fruto amargo de uma alma
que caiu no esquecimento

no momento que era todo seu
não disse a frase que o redimia
e hoje chora com latidos de cão


thadeu w



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