imponderabilíssima
A cidade que vejo, nítida, em meu sonho,
não está incrustada nos pontos cardeais,
invisível se ergue imaterializado escombro
no horizonte de meus limites sensoriais.
Nenhum sinal, farol, radar, vai indicar
marco zero, pedra fundamental, obelisco solto,
a Eldorado de qualquer outro sonhar,
aqui e agora não são mais ali daqui a pouco.
O que imagino, o que eu sempre consigo ver,
aparece no meio da noite quando estou sozinho,
mendigo no poço dos desejos pagando pra ser
a próxima esmola das imagens em redemoinho.
Ou então quando, príncipe, todos se curvam,
como se apenas eu, sob os aplausos da cidade,
passasse sob o arco daqueles que triunfam
e, humilde, aceitasse a glória da eternidade.
Mas a cidade, sem nenhum príncipe ou mendigo,
irredutível resiste aos estragos do meu ego.
E assim a essência que revejo fica comigo:
bengala tateando o relevo em que trafego.
A cidade que vejo, nítida, em meu sonho,
não está incrustada nos pontos cardeais,
invisível se ergue imaterializado escombro
no horizonte de meus limites sensoriais.
Nenhum sinal, farol, radar, vai indicar
marco zero, pedra fundamental, obelisco solto,
a Eldorado de qualquer outro sonhar,
aqui e agora não são mais ali daqui a pouco.
O que imagino, o que eu sempre consigo ver,
aparece no meio da noite quando estou sozinho,
mendigo no poço dos desejos pagando pra ser
a próxima esmola das imagens em redemoinho.
Ou então quando, príncipe, todos se curvam,
como se apenas eu, sob os aplausos da cidade,
passasse sob o arco daqueles que triunfam
e, humilde, aceitasse a glória da eternidade.
Mas a cidade, sem nenhum príncipe ou mendigo,
irredutível resiste aos estragos do meu ego.
E assim a essência que revejo fica comigo:
bengala tateando o relevo em que trafego.
Antonio Thadeu Wojciechowski
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial