NÃO CONCORDO!
Censura não é, nunca foi e nem será solução.
Tiraram do ar o blog bocagil.blogspot.com, assim sem mais nem menos. Deve ter algumas pessoas bem satisfeitas, mas eu não estou. Odeio a censura e todas as lembranças que tenho da ditadura militar. Está certo que o poeta anônimo abusou do bom senso e brincou com coisas sérias, beirando à total irresponsabilidade. Os ataques pessoais se tornaram a tônica e daí a coisa degringolou rapidamente, principalmente pelo mau gosto e pela gratuidade das ofensas e agressões. Porém, surgiram coisas muito interessantes no calor dos bate-bocas. Pena que não copiei mais coisas, pois com o desaparecimento do blog se perderam bons comentários. Selecionei alguns textos de estranhos personagens que por lá apareceram, quase todos assinaram com pseudônimos e não tenho a menor idéia de quem sejam, mas me fizeram dar boas gargalhadas. Alguns deles, retirei do blog do Ivan Justen. Divirtam-se.
Resposta de Ivan ao Bocágil ( é importante ir ao blog do Ivan para entender o contexto desta resposta)
Constato, bocejando, que esperneia
bocágil, sempre agindo no seu nível -
pobreza de um estilo defectível
com um teor fiado em mesma teia:
nas rimas, o "manhã" com "amanhã",
no ritmo, o mal jambrado enjambement...
Atroz, retira trépido um ataque,
trocando o "plágio" pela "subserviência" -
tal troca foi de um peido por um traque,
em reduções que traem inconsciência:
Leminski foi bem mais que "haicaísta",
como o chama bocágil, que despista...
Por fim, quem tenta me acusar covarde?
Um "ágil" lento, oculto em anonímia -
a soprar: "ataco outro..." - Já vais tarde!
Meu verso disparou-te a língua nímia:
"ausência" é tua ausência que te espelha -
"fracasso" é meu barulho em tua orelha.
Uma das réplicas do Bocágil ao Ivan Justen:
Pois bem, vou lecionar-te em terça rima,
visto que as aulas que demais precisas
são tantas que não cabem na suprema
obra prima, o soneto. Sopras brisa?
Eu sou tormenta: - As tuas dez quadrinhas
parecem mais uma marchinha cinza,
uma ciranda pra ninar as criancinhas.
O teu leitor já te imagina rouco,
cantando, tonto e louco, a ‘batatinha
quando nasce” ou qualquer outro descoco
ao nível de teus versos infantis.
Patati patatá, teu ritmo a soco
tampouco me convence. E consoante
ao principiante passo de teus pés
estão as tuas rimas hesitantes
e barrocas, tal como se paetês
e lantejoulas fossem preferíveis
à nudez da mulher. Um tolo és,
um tolo e nada mais. E as sofríveis
tentativas de esconder a covardia?
O medo (o calcanhar) e as ilegíveis
invectivas vãs à forma - arredia
às tuas mãos impróprias? Mais te vale,
Ivan, eu te repito neste dia
grave, que vale mais que tu te cales
a que te afogues em palavras pobres
dispostas em sentenças podres. Cale-se
a boca torpe e ascenda-se por sobre
toda a cidade a boca ágil, viva,
de um ser que pisa a Quinze como um nobre,
com pés malandros e alma combativa.
Já basta de impostores perspicazes.
Esta cidade, a minha Curitiba,
possui a sua voz nativa, e quase,
se te crê, e nos teus treze comparsas,
a troca por bocejos frágeis; quase
troca a boca maldita pela farsa
de uma língua medíocre, ilusionista.
Já nada mais agora te disfarça,
arranca o véu que te mascara e, triste,
escuta o canto que o poeta canta
co’a maestria de um supremo artista:
as flores dos ipês, como uma manta,
estão ao pé das árvores na praça.
Hoje começa a primavera, e encanta
a todos. E é bem bom que se desfaça
o frio e a paz se faça, como se um rio
corresse sempre à foz que nos congraça.
A paz que te propus é como um fio
que liga um peito ao outro, mas é frágil.
Lá atrás eu te propus, porque confio
que o duelo em palavras é um estágio
pra chegar-se ao silêncio, ao bem oculto.
Mas se te apraz negar-me, a mim Bocágil,
a paz gentil, capaz ao homem culto,
não há problema, não temo teus poemas,
pois sob a flor do ipê já estás sepulto.
Entra na disputa um tal de Boca do Purgatório, que, segundo o Bocágil, seria eu.
soneto só e tão somente para dizer adeus ao bocágil e que, por ser frágil e frouxa a maioria de seus versos, mesmo assim não lhe quero mal, mas espero dias melhores e melhores tratos aos seus saberes.
do ivan, espero menos menosprezo ao adversário que se apresente, pois poeta, por mais fraco que seja, é um elo da nossa mesma corrente. a propósito, ivan, ele não é o inimigo. quem é o inimigo? quem é bocágil, quem é você?
obrigado, mas não precisam me responder.
Este soneto é uma resposta ao Bocágil que se dizia gênio e que tinha vindo ao mundo para desmascarar, segundo ele, os treze poetas que são amigos do Ivan Justen. O Ivan naquele momento da disputa tinha feito um comentário sobre o Boca do Purgatório e por isso também levou um piparote no início do poema.
boca do purgatório
não fale, justo ivan, meu nome em vão,
desavisado é quem, sem nem saber
do que se trata, põe-se a não caber
em si e intitular-se sabichão...
tão nobre, o infeliz, de pés no chão,
com a bunda de fora, diz o quê?
como um reles dândi, o “lavoisier
dos versos” descobriu que a combustão
se dá quando o inflamável ao oxigênio
faz contato e, então, ateia às vestes
o fogo da imodéstia e se acha: “gênio!”
diz mais: “em curitiba treze pestes
há, que me contaminam, vou varrê-los
e nem ao menos despenteio os cabelos!”
Gregório de Campos
Ivan, finaliza a discussão com este soberbo poema:
Depois duma viagem a Londrina...
Depois duma viagem a Londrina
(fui pro Londrix, festar literatura),
me animo a fazer uso da terzina –
talvez eu ilumine a mina escura
na qual chafurda um “vate” possuído
pela nhaca macaca da chatura.
Tal “vate” se acha o máximo: embebido
nos mucos e melecas do seu ego,
surgiu regurgitando por aqui. Do
pico da sua empáfia expressou: “pego
as fezes que tu fazes, Ivan Justen,
e faço delas peças do meu lego”.
Por mais que tais peçonhas não se ajustem
ao ovo de colombo (um simples tema:
não foi composto a fim de que se assustem),
o “vate” despertou ao som de: “gema”.
E então começa um desafio de verve:
eu, questionando as rimas, o problema
do gol de mão, o ritmo que não serve
no metro de arranjos mal ajambrados,
enquanto o sangue corre, queima, ferve;
e o “vate”, inflando, aprimora os brados,
afia as garras nos meus gumes, sobe
a aposta, cria um blogue. Desdobrados
os comentários, outras vozes sobre
as obras tentam provocar mais briga.
O “vate” atinge um tom que se quer “nobre”,
mostrando até que ponto ele se obriga
em sua “primeira grande resposta” –
pra mim, o desgraçado duma figa
tinha feito assim uma grande bosta.
Com três haicais soltei-lhe um peteleco,
e, em sacrifício, pus minha alma exposta –
fantasma irônico, rimando em eco:
achei sinistro o alerta de soberba,
talvez porque eu também sinta que peco...
A coisa ficou toda mais acerba,
perdi minha paciência com uns danos
a versos pro Batista: pô, que merda!
– são versos que já têm mais de dez anos...
Agora o “vate” investe em dois pseudônimos,
mira Thadeu e Béco: cai de enganos –
fascina-se por elogios anônimos?
Fácil, bem fácil: quer fazer “faxina
em Curitiba” o tonto com os encômios!
Porém, na fúria fútil e assassina
mancha a cidade em vez de celebrá-la,
sucumbe a um sádico prazer, e mina
as próprias fontes, paladino mala!
Vieste aqui celebrar meu enterro,
mas minha voz, mesmo em surto, não cala:
Bocágil, tu és o tolo, teu é o erro:
acuso os golpes – mas naquela terza rima
(à qual reconheceram: obra-prima)
a certa altura a tua voz ficou serena -
e a minha, agora, já largando a forma fixa,
pela emoção que sempre triunfa nas arenas,
propõe-te a trégua das sublimes canções líricas...
A partir daqui, os posts foram copiados do blog do Bocágil.
Depois de alguns ataques de péssimo gosto a Luci Collin e Helena Kolody, entra em cena alguém que se auto intitula Porrão de Eunuco e faz 3 ou 4 posts. O apelido Bocamol para Bocágil foi dado por ele.
O poeta reitera suas boas intenções e manda ao inferno a cultura pitoresca e, ao mesmo tempo, picaresca, de seu desafeto infanto-juvenil Bocamol.
Nada mais fácil, vil Bocágil, do que a crítica
anônima, covarde, essa sem face a face,
que tenta validar sua amargura cítrica,
ao apontar defeitos, tal desmascarasse.
Teu repto, Bocamol, repito, não tem fundos.
Falas sem conhecer, conheces por ouvir
falar. E, papagaio, repetes sons oriundos
das bocas que fazem da arte um souvenir.
Um salão é tudo que queres e a miúda
rataiada, que te aplaude e ri, já faz fila
para, no chá das dezessete, ler tua bula
e se livrar das doenças dos poetas da vila.
Morde a língua, hipócrita! O teu veneno,
em doses homeopáticas, destilo, aplico
em minha veia poética e, tu, lazarento,
aplaudirás de pé a obra que edifico!
Sim, fariseu, minha vingança se avizinha.
E como um farol do saber em Curitiba,
lançando luzes e expulsando tua alminha,
com a boca maldita, eu, o divino escriba,
ressuscitarei mortos, andarei nas águas,
e, pra provar que sou bom, justo e verdadeiro,
limparei as tuas chagas, curarei tuas mágoas,
e lançar-te-ei, puro, ao Hades derradeiro!
Porrão de Eunuco
Outra aparição que me chamou a atenção foi a de uma "tia do Bocágil" que em versos hilariantes fez a gênese do poeta. O Porrão de Eunuco já tinha se retirado quando foi ressuscitado pelo seu post.
O poeta, por não obter resposta, se retira e, sem cuspir no prato onde comeu, analisa o labor infanto-juvenil do Bocamol.
É triste, Bocamol, querer ser Dante, Poe,
Leminski, Marcos Prado e ser um Bocágil
de merda, um inútil, que tergiversou
e escreveu em si mesmo: CUIDADO SOU FRÁGIL!
Atacas, e o que atacas já se agigantou.
É como se cuidasses de um acento ágil
e ele, em câmera lenta, detalhasse em clo-
se a real pachouchada, manca, quase estátil!
Teus versos são conversa mole, paspalhão.
Trocas palavras de outros e pensas que inovas?
És um copista plagiador e papelão
É teu sujo papel. E se me pedes provas
Do que digo, te digo que és pior que um mendigo,
Pois este, quando pede a mim, é atendido!
Porrão de Eunuco
Por que vos retirais não sei, meu querido Porrão de Eunuco, mas sei por que entro. Entro porque sou a guarda de minha irmã, que hoje apodrece no Hospício, e cuja maior loucura foi ter parido um pária dessa estirpe do Bocágil. Entro para contar a história da vida de meu sobrinho, sem remendos, sem meias palavras, para que todos saibam com que canalha estão lidando. Me perdoem, alguns pés quebrados, pois ainda estou aprendendo a versejar.
De uma puta assanhada, velha e fedorenta,
Veio ao mundo Bocágil, misto de rebento
Com cacaca de ave negra e agourenta.
Ao cu de onde saía, disse: "Eu te arrebento!"
E foi arrebentando o cu da mãe que o trôço
Deu-se à luz e cagou pela primeira vez.
Criado no prostíbulo, desde garoto
Soube com quantos paus se faz o que ele fez.
Por não tirar o reto da reta, o cuzão,
Tomando gosto, jeito e ares de mocinha,
De quando em quando, sentava na bonequinha
E escrevia versos esporrados de emoção.
Era uma flor de macho num corpo de fêmea
E foi por isso, só por isso que seu cu
Encontrou num sabugo a tal da alma gêmea,
Que, para seu gozo,era natural de Itu!
Ao atingir maturidade, o pobre vate
Veio dar com sua bunda aqui em Curitiba,
Mas de boquete em boquete sua boca age
E age tão ágil que, para o resto da vida,
Em vez do cu comem a boca do Bocágil.
Mas um ser tão formoso quanto feminil
Aqui não se cria e a criatura tão frágil,
rabo entre as pernas, vai pra puta que o pariu!
De lá, por via do blog, reclama por vingança
E diz mais: "Eu, Bocágil, que a todos chupava,
Com graça e zelos mil, de porra enchia a pança
Até o cu fazer bico e a ninguém me negava...
Eu voltarei! E nem que o bom cabrito berre
E nem que a vaca tussa e nem vem que não tem,
Eu voltarei! E pelas barbas de Kilkerry,
Não restará um poeta neste quem é quem!
Patty Faria, a tiazinha
Pela coerência, equilíbrio, clarividência e maturidade, gostei muito do “nosso Catulo”:
ATALAIA
musa,
ouve meu grito
daqui até o infinito
nenhuma excusa
ouvirás
de minha boca santa
todas as
palavras em minha lavra
a anta
o jacaré
o pingüim
o helicóptero
tudo aquilo que é
terá dentro de mim
um lugar no estoque do
meu coração
enorme
que, como um leão
que dorme
o sono dos justos
não tem quem o dome
e nem lhe pregue sustos
vã a vazia
poesia
some
sem o nome
do poeta
em versos vãos
e de forma incompleta
vão-se
argumentos
pensamentos
que por não terem destino
perdem o tino
e a emoção
por terem batido
em quem já está abatido
pela plebe ignara dominante
como pode alguém
ser tão ignorante
a ponto de julgar que quem
escreve um verso
seja tão perverso
quanto um requião da vida
ou um fernando henrique
e ainda esteja em dívida
caso um vago Bocágil o indique?
Catulo da Paixão Paranaense
Infelizmente só copiei esses textos. Tinha até um comentário meu em forma de soneto, mas como escrevi nos comentários do blog do Bocágil, perdeu-se para sempre.
Fica aqui o meu protesto.
27 Comentários:
Perfeito, Thadeu. Esse tipo de coisa não pode acontecer. Não li nada desse blog, mas gostei do que vc postou. Estou junto neste protesto.
Concordo com tudo que você disse.
Beto
Boa, Polaco! Grande abraço.
Thadeu, acho que quem tirou foi o próprio administrador do blog (não tenho certeza, na verdade). Mas quem quiser matar a "saudade", pode acessar o cachê do google. Neste link aqui vc pode acessar as últimas postagens do bocagil http://74.125.45.104/search?q=cache:nOVTLkN0hi0J:bocagil.blogspot.com/+bocagil&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=5&gl=br
Grande abraço
Muito divertido, não deveriam ter apagado, fiquei curioso para conhecer o restante dos textos. A censura é sempre uma merda, uma grande bosta.
Até mais.
Fui lá, França, mas não resta mais nada dos comentários. Apareça. Grandessíssimo abraço.
Não sei pra que tanta loucura, por causa de uma bosta como aquela.
Plínio Louco
Vai tomar no lordo. E não encha o saco, Plínio.
Gostei da Patty Faria.
Eu não concordo com você, Thadeu. Os caras apelaram pra caralho contra a coitada da Luci e depois com a Bárbara Lia. Acho covardia e também considero um crime o que eles fizeram. Se foi cortado pela blogger, achei justo.
Antonio Alberto Siqueira
Pra mim, o Thadeu tá certo. Foda-se. A sátira vale e, quanto mais filha da puta, melhor.
Vão tudo tomar na ruela, bando de vagabundos!
Hehehehehehehehe! Eu que apaguei aquela porra!
Os caras deveriam processar a Blogger. Que merda, censurar a poesia já é demais.
Mário Lima Santos
O Alexandre França, acho que é poeta também, diz no comentário dele que foi o próprio administrador que tirou. Então a sacanagem que você diz que houve não existiu, Thadeu. Vai ver o cara se borrou de medo, porque tavam ameaçando ele de processo.
abração
Elias Fontanelli
Claro que se cagou de medo. O cara é um covardão que se escondia no anominato e ele sacou que estavam atrás do seu IP. O retardado deve ter feito tudo no computador de casa e daí fodeu-se bonito. O que eu não sei se o cara sabe é que não adianta excluir, porque se tiver advogado atrás vão pegar de qualquer jeito pelo Blogger. Se eles forem intimados vão ter que entregar o cara. Pelo que eu soube tem 4 advogados na cola do Bocágil. Isso ainda vai dar muito o que falar.
São da Fundação, à pedido da Luci Colim e do secretário. Minha irmã trabalha lá. Esse vai se fuder.
Henricão
alguns amigos dos amigos ( grandes e porrudos) já procuram a identidade dos engraçadinhos para uma devida correção de caráter em praça pública.
Caso nossas investigaçoes não deem em nada, faremos justiça, castigando todos os treze amigos do Ivan, por nós não termos sido incluído entre eles.
de quebra vamos ter uma conversinha com um ou outro simbolista que acharmso no caminho.
vates tremei
turma do concreto pesado
Ótimos todos os posts.
Por aqui é sempre necessário alguém estar caceteando alguém para que a verve poética venha à tona com 100% de aproveitamento. O que comprova aquilo que todo mundo já sabia: o curitibano é 100% na hora de descer o pau em alguém.
Lembrei uma vez quando o Leminski estava no auge do sucesso nacional, gravado por um monte de medalhões e consagrado como grande poeta, escritor e o caralho. Um Zé me disse : "PauNo Leminski".
Não acabem com a polêmica, não acabem com a diversão.
Dessa forma, a síndrome da carangueijada vale a pena, lembrem que não é de hoje que isso é assim, lembram do dândi Emilio de Menezes? Falar mal sempre foi produtivo por aqui.
Beleza, vamos fazer da autofagia uma imbecilidade produtiva, cambada de cultos inúteis.
Abraços pra todos os lados, mais apertados pro lado de meus amigos, é claro, e quem não gostar também que se foda.
Ferreira.
VOLTA, BOCÁGIL!
puts, o renatão é o bocágil...
volta renato "the quege"!
A verdade é uma só: foi bom enquanto durou. Agora que acabou, vão trabalhar, vagabundos.
Falou e disse.
embora o cara seja calhorda, me diverti muito. pena mesmo.
Porra, Bocágil (eu sei que você está lendo), faz logo um Wordpress.
po pessoal não teve censura...os caras é que tiraram o time de campo...
rodrigo
salve thadeu,
em primeiro lugar, quero dizer que não fui eu quem, nos comentários de sua postagem em 23 de setembro (https://www.blogger.com/comment.g?blogID=15824982&postID=5417922585765466606), chamei sua atenção para a existência do blog do bocamole e que, pelo contrário, foi a partir dela que fiquei sabendo da coisa toda. bocamole, pelo jeito, sabe que comento o seu blog e postou aquilo lá em meu nome para chamar tua atenção sobre o blog dele, antecipando assim o ataque que faria a você (que ele chama de "segundo vitimado", no sepultado blog). eu assino com o meu usuário google, tá? não tenho orgulho nenhum de ter um usuário google, mas tenho.
quanto ao fim do blog bocamole, a mensagem diz:
"O blog foi removido Desculpe, o blog em bocagil.blogspot.com foi removido. Esse endereço não está disponível para novos blogs."
acho que isso quer dizer que foi o google que retirou o blog, provavelmente porque ele feria os princípios de conteúdo da empresa (http://www.blogger.com/content.g). senão, para quê essa informação ”Esse endereço não está disponível para novos blogs”? é o meu chute.
quanto a ter sido bocamole quem escreveu a mensagem em meu nome, isto é (claro!) um chute. mas veja que, nesses tempos de tanto anonimato, surgiu da própria boca mole uma interessante idéia. ele disse algo como “bocágil não tem face, bocágil somos todos nós”. nós quem, cara-pálida? eu é que não! sob esta perspectiva, porém, fica então subscrito ao coletivo “Bocágil” todo infeliz que ajuda a mover essa máquina supostamente crítica contra os poetas curitibanos; vira bocágil todo infeliz que posta anônimo aqui e acolá, achincalhando aqueles que receberam as críticas chinfrins que ele escrevia com a boca aberta. mas tá aqui, camaradas anônimos, um que não compactua com essa idéia babaca de xingar a mãe dos outros e dizer que a poesia (ou qualquer arte) possa ser “saneada”, mostrando ao mundo quem sejam “verdadeiros” ou “falsos” poetas. de cânones é que a arte não precisa: e basta consultar o que eles fizeram da arte no correr da história. dizer que as obras dos outros são fezes (como foi dito ao ivan) não é crítica, porque não aponta nada, é violência gratuita que não dá razões, não adverte. assim, acuso o primeiro censor envolvido nessa moléstia: o próprio poeta meia-boca, acompanhado de sua alucinada claque, que acreditam haver uma arte “de verdade” a se defender. nada mais do que um misticismo; nada mais do que uma desrazão.
quanto aos tititis sobre a fundação cultural, secretaria de cultura e o mais, faltou hombridade aos acusadores de levar a acusação adiante, são falsas ou verdadeiras as acusações? se são verdadeiras, abra-se o inquérito; exija-se providência. se são falsas, o lugar delas é mesmo no ostracismo.
no mais, aos que afirmam que a história (ou História, como preferem os animistas) seleciona por sua própria conta os bons e os maus, eu trago a desconfiança de que ela faz isso muito mal, se servindo inclusive de incêndios em alexandria e tudo o mais. E se esse fisiologismo for aceito (darwin sobre literatura), fica a censura do blogger sobre aquele blog como a de omar sobre alexandria.
é isso. um abraço.
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