polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

sexta-feira, setembro 02, 2005

Adversário no chão. Para Mané, fazer o impossível é apenas bater uma bolinha.

o melhor hino de todos os tempos

a grama é verde
a cal é branca
é bola na rede
a bandeira verde e branca se levanta

coxas pisam em campo
outro time treme nos tamancos
mesmo que a trave entre de sola
o ponto de vista é a bola
mesmo que o estádio vá abaixo
saímos dos escombros no braço

sou Coritiba, sou coxa roxo
nossa torcida tem sangue guerreiro
leva nos ombros o Torneio do Povo
leva no peito o Campeonato Brasileiro
sou Coritiba, sou um por todos
ganho na raça do mundo inteiro

Antonio Thadeu Wojciechowski, Sérgio Viralobos e Ubiratan G. Oliveira


dois gols de placa


1º tempo

manchete

CHUTES DE POETA
NÃO LEVAM PERIGO À META


2º tempo

quero a vitória
do time de várzea

valente
covarde

a derrota
do campeão

5 x 0
em seu próprio chão

circo
dentro
do pão

Paulo Leminski


4 jogadas de gênio.

1. Quem ganha e perde as partidas é a alma.

2. A arbitragem normal e honesta confere às partidas um tédio profundo, uma mediocridade inenarrável. Só o juiz gatuno, o juiz larápio dá ao futebol uma dimensão nova e, se me permitem, shakespeariana.

3. O futebol é a mais feia, a mais cruel, a mais tenebrosa das paixões. De repente, Mané Garrincha apareceu. Todo o povo exultou porque o seu jogo tinha milhares de guizos radiantes. Diante dele, o torcedor esquecia a sua ira vespa pornográfica. Só com o Mané a multidão aprendeu a rir, só com Mané a multidão deixou de ser a neurótica obscena.

4. O que eram certas jogadas de Pelé se não cínicos e deslavados milagres?

Nelson Rodrigues, o Pelé da crônica esportiva.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial