O Fraga me mandou essa jóia que lá pelos anos 70 saiu publicado no Pasquim. O poema é de Anônimo, um dos maiores e mais populares poetas do mundo. Sua obra é vasta e parece que durante a vida inteira perambulou pela Terra, visitando países e continentes, já que foram encontrados textos seus em todos eles.
Estive doente
doente dos olhos
de ver tantas mulheres perfeitas
Estive doente
doente da boca
de dizer tantos poemas em brasa
Estive doente
doente dos nervos
manchados de fumo e café
Estive doente
e já não posso escrever
E é por isso que eu quero
um punhado de estrelas maduras
e toda a doçura do verbo viver.
Anônimo
Estive doente
doente dos olhos
de ver tantas mulheres perfeitas
Estive doente
doente da boca
de dizer tantos poemas em brasa
Estive doente
doente dos nervos
manchados de fumo e café
Estive doente
e já não posso escrever
E é por isso que eu quero
um punhado de estrelas maduras
e toda a doçura do verbo viver.
Anônimo
(pichado num muro de um
manicômio no Rio de Janeiro, na década de 70)
manicômio no Rio de Janeiro, na década de 70)
14 Comentários:
Vc não perde uma né polaco? Mas tua graça não acaba com a desgraça do autor. Que texto, hein?! É de tirar sangue de lágrima.
Dalton L. Cunha
É de rir e chorar ao mesmo tempo.
BB
Sensacional!!!!!!!!!!
Me deixou sem palavras.
Belo Campos
Sou fã do Anônimo e não é de hoje.
Miguel Aparício Souza
professor Thadeu
tuas aulas são sempre interessantes, mas por vezes
entediante
Ruga
É isso aí, Ruga! Por mais que eu tente fazer tudo certinho e perfeito, sempre acabo fazendo alguma merda que põe tudo a perder. Mas convenhamos o que eu faço é melhor do que NADA. Se bem que isso também não tem importância.
Jóia rara de verdade. O Fraga é aquele cartunista? Ele tem blog também? Dá a dica aí, polaco.
Ricardo Tavares
PS: Li o Inspetor Geral, é muito bom mesmo. Valeu a dica.
Ricardo, mandei um e-mail pro Fraga, pedindo para que ele mesmo te dê a dica, ok?
Grande abraço
Thadeu
Cleusa, vc é minha amiga e todos os meus amigos são suspeitos de me protegerem. Mas valeu, querida.
Bj
Thadeu
Ô, Ricardo,
como alguém tem que ser o tal Fraga,
acabou sendo eu mesmo.
Atualmente sou colunista neste link aí.
Mas, que ninguém fique sabendo, cê fala diretamente comigo por aqui, ó:
redatorfraga@hotmail.com
Abração.
Fraga, é impressionante, bicho. Como é que pode um cara assim, tão do bando, tão familiar, em Porto Alegre, que diz as coisas como se estivesse escrevendo aqui ao lado, mas a mais de 1000 km? E além de tudo com uma memória dessas, de puxar um poema perdido de um anônimo não se sabe de quando. Ou o poema será do Fraga mesmo e ele também é meio vampiro de Curitiba e quer se esconder como o Dalton? De um jeito ou de outro, parabéns ao Fraga, ao Solda e ao Thadeu por promoverem este encontro de inteligência, elegância e bom humor.
Beco
Thadeu:
Acho que estamos lidando com dois Fragas diferentes. Como é que você conheceu o "seu" Fraga?
Ora, Solda, não me venha com duplo sentido, o Fraga em questão é um só. Veio através de você até mim. Com toda certeza, ele é grande, mas não é dois.
Grande abraço
Thadeu
O Fraga não é parente do Pega???
Fernandinho loco
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