polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

segunda-feira, março 06, 2006


O Fraga me mandou essa jóia que lá pelos anos 70 saiu publicado no Pasquim. O poema é de Anônimo, um dos maiores e mais populares poetas do mundo. Sua obra é vasta e parece que durante a vida inteira perambulou pela Terra, visitando países e continentes, já que foram encontrados textos seus em todos eles.




Estive doente
doente dos olhos
de ver tantas mulheres perfeitas

Estive doente
doente da boca
de dizer tantos poemas em brasa

Estive doente
doente dos nervos
manchados de fumo e café

Estive doente
e já não posso escrever

E é por isso que eu quero
um punhado de estrelas maduras
e toda a doçura do verbo viver.


Anônimo
(pichado num muro de um
manicômio no Rio de Janeiro, na década de 70)

14 Comentários:

Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Vc não perde uma né polaco? Mas tua graça não acaba com a desgraça do autor. Que texto, hein?! É de tirar sangue de lágrima.

Dalton L. Cunha

 
Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

É de rir e chorar ao mesmo tempo.

BB

 
Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Sensacional!!!!!!!!!!
Me deixou sem palavras.

Belo Campos

 
Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Sou fã do Anônimo e não é de hoje.

Miguel Aparício Souza

 
Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

professor Thadeu

tuas aulas são sempre interessantes, mas por vezes
entediante

Ruga

 
Às 06 março, 2006 , Blogger polacodabarreirinha disse...

É isso aí, Ruga! Por mais que eu tente fazer tudo certinho e perfeito, sempre acabo fazendo alguma merda que põe tudo a perder. Mas convenhamos o que eu faço é melhor do que NADA. Se bem que isso também não tem importância.

 
Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Jóia rara de verdade. O Fraga é aquele cartunista? Ele tem blog também? Dá a dica aí, polaco.

Ricardo Tavares

PS: Li o Inspetor Geral, é muito bom mesmo. Valeu a dica.

 
Às 06 março, 2006 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Ricardo, mandei um e-mail pro Fraga, pedindo para que ele mesmo te dê a dica, ok?

Grande abraço

Thadeu

 
Às 06 março, 2006 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Cleusa, vc é minha amiga e todos os meus amigos são suspeitos de me protegerem. Mas valeu, querida.

Bj

Thadeu

 
Às 06 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Ô, Ricardo,
como alguém tem que ser o tal Fraga,
acabou sendo eu mesmo.
Atualmente sou colunista neste link aí.
Mas, que ninguém fique sabendo, cê fala diretamente comigo por aqui, ó:
redatorfraga@hotmail.com
Abração.

 
Às 06 março, 2006 , Blogger Roberto Prado disse...

Fraga, é impressionante, bicho. Como é que pode um cara assim, tão do bando, tão familiar, em Porto Alegre, que diz as coisas como se estivesse escrevendo aqui ao lado, mas a mais de 1000 km? E além de tudo com uma memória dessas, de puxar um poema perdido de um anônimo não se sabe de quando. Ou o poema será do Fraga mesmo e ele também é meio vampiro de Curitiba e quer se esconder como o Dalton? De um jeito ou de outro, parabéns ao Fraga, ao Solda e ao Thadeu por promoverem este encontro de inteligência, elegância e bom humor.

Beco

 
Às 06 março, 2006 , Blogger Don Suelda disse...

Thadeu:
Acho que estamos lidando com dois Fragas diferentes. Como é que você conheceu o "seu" Fraga?

 
Às 06 março, 2006 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Ora, Solda, não me venha com duplo sentido, o Fraga em questão é um só. Veio através de você até mim. Com toda certeza, ele é grande, mas não é dois.

Grande abraço

Thadeu

 
Às 07 março, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

O Fraga não é parente do Pega???


Fernandinho loco

 

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