polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

terça-feira, novembro 14, 2006




Ainda é tempo?

Nem uma vida inteira de desculpas
Vai dar graça à tua face, minha cara.
Teus pecados mortais, as mil culpas,
Que te afligem agora, a dor não sara.

Tua beleza se foi, vieram as pústulas
Do tempo e contra elas nada salva,
Nada pode. A dívida são multas
Que a vida cobra à tapa na tua cara.

Cinqüenta anos passaram e não viste
Nada, que não fosse o espelho em tua frente.
E se a imagem que vês hoje te fere,

É porque tua alma, de dedo em riste,
Vê em ti, apenas a sombra indiferente
A tudo que ela amou e sentiu na pele!

Antonio Thadeu Wojciechowski



14 Comentários:

Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Perfeito, poeta. Tenho muitas amigas que estão nessa, passaram pela vida em branco e agora choram.
Como você mesmo disse: " e na alminha não vai nada?"

Beijo

Leila

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Sensacional, polaco. Um poema para rir ou para chorar, só depende do que cada um fez da sua vida.

Abração

Flávio

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Lindo e verdadeiro até demais.

Beijo

BB

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Eu tenho uma tia que é exatamente isso daí que vc escreveu. Nunca leu ou se interessou por nada. Hoje toma mil remédios e da sua boca só sai tristeza e lamentação.

Adelino Marques

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Profundo e esclarecedor, acho que alimentar a alma e cuidar dos que estão à nossa volta é o que faz a diferença.

Abraço carinhoso da

Maria Luíza

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Muito legal. Dessa cobrança ninguém escapa.

Até

Fabiano

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Desse eu gostei.

Ruga

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Ser poeta e saber falar dessas coisas deve ser bem divertido, né Tadeu? Às vezes achou você demasiadamente cruel mas sinto também que é verdadeiro o que você diz.

Marialva D'angelis.

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

É foda, Polaco, mas tem gente que merece esse fim. Se dão uma importância que não tem e querem que os outros reconheçam o que não existe. Fazer o qque?

Ricardo Pereira

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

belo poema! lembra bem esse outro, de Kontantinus Kavafis...

 
Às 14 novembro, 2006 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Eu tinha acabado de ler esse poema no seu blog Catatau, abri o word e escrevi este.
Você percebeu o impercebível.

Grande abraço

Thadeu

 
Às 14 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Exageradamente belo e verdadeiro.

Beijinhos, beijos e beijões.

Marta Medeiros

 
Às 15 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

como diz o vulcanis..."pra ku klux klan , o negro é alvo"

Rodrigo

 
Às 15 novembro, 2006 , Blogger Roberto Bittencourt disse...

Essa desgraçada...

 

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