polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

quarta-feira, novembro 08, 2006






Jurado de Morte


Os nervos em frangalhos, o olho vesgo,
A sensibilidade à flor da pele,
Essa respiração que nem ar expele
Direito, a sensação de ser o mesmo
Ser desumano, hipócrita, egoísta,
Que deve a conta que pagou à vista.

De onde vem essa dor?, eu me pergunto
E a resposta remói o passado próximo,
Como um fantasma, mal que chega junto
E ganha forma e sempre assombra, sólido.
É o remorso, esse tribunal patético,
Que em penas capitais, pune, enérgico,

Rico e pobre, sábio e ignorante,
Todos, sem distinção de cor ou credo.
Pra muitos, a experiência é edificante;
Para mim, uma porta para o inferno.
E se hoje volto assim, co’a alma alegre,
É que já não há diabo que a carregue!

Antonio Thadeu Wojciechowski





8 Comentários:

Às 08 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Magnífico, Polaco, magnífico.

 
Às 08 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Tremi na base.

BB

 
Às 08 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Nesse tribunal aí já passei maus bocados, mas como você mesmo diz a auto-crítica quase sempre é edificante.

Um beijo e um abraço

Leila

 
Às 08 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Bravo, Thadeu.

Maria Luíza

 
Às 08 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Esse tribunal é foda, já fui condenado algumas vezes. Aquelas cagadas homéricas sempre têm um alto preço.

Ab

Flávio

 
Às 08 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Acho que já estou mudando, gostei desse também.

Ângelo dos Santos

 
Às 09 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

quem nunca teve sensação de pagar a conta à vista e continuar devendo não tem coração...

 
Às 15 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

nesse fui absolvido no voto minerva 4 x 3

ruga

 

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