polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

quinta-feira, janeiro 25, 2007


O DIA QUE EU MATEI O WILSON MARTINS

Capítulo 4

Ao Wilson, as batatas?

Um currículo desses, sustentado em obras
Monumentais, geniais, sensacionais, demais,
Arranca muitos ohs e uhs dos outros cobras
Dessa nossa intrincada rede de jornais,
Revistas e publicações. “Literatura
Pra educação da massa - eis nossa questão!”

Dizem todos em coro, cada um na sua
Coluna, em igual tom, repetindo o jargão.

Falam disso e daquilo, em discurso monótono,
Verborrágico, cínico, sem coração,
Sem alma e se aplaudem, achando tudo ótimo,
Porque só a massa bem socada dá bom pão.
Essa receita é simples e funciona sempre,
Aqui não se mexe em time que está ganhando.
Claro que, caso alguém morra, abre-se um parêntese
E a vaga deve ser de algum membro do bando.

Meu leitor ou leitora, essas duas estrofes
Acima representam parcialmente a inveja
E a desinformação daqueles que têm cofres,
Mas não têm o tesouro que aos olhos alegra.
Cheguei a essa conclusão durante o enterro.
Analisem comigo: foi fácil ser Wilson?
Escrever o que ele escreveu, é acerto ou erro?
O peso morto está sujeito à lei de Newton?

Eu não quero, aqui, ser o advogado do diabo,
Mas justiça se faça! Sei que ele foi pândego
Muitas vezes, leviano em outras, mas deu cabo
De sua missão de crítico, menor que o cândido (*)
Antônio, que lhe deu um belo piparote,
Quando aprofundou o rastreamento dos conflitos
Existentes nas entrelinhas desse lote
De obras que dá bem uns dois ou mais infinitos.

E não pensem vocês, leitores, que o estudo
Dessas relações entre personagens, obras,
Sua significação histórica, foi tudo
Que o Wilson nos deixou. Não foi mesmo. De sobra,
Teve tempo ainda para ser professor,
Colunista, conferencista e palestrista.
Foi também um visionário conservador,
Mas faltou-lhe poesia para ser um artista.

Dia desses, numa fila de banco, escutei
Umas frases que ilustram o meu raciocínio.
Um senhor de cabelos bem brancos, nissei,
Barriga proeminente, porte semi-símio,
Com ares de doutor, foi quem as proferiu:
- Dizer que o Affonso Romano de Santana
É o maior poeta vivo do nosso Brasil,
Da nossa literatura contemporânea,

No mínimo, é um grave erro de avaliação.
Você ( falava ao filho que o acompanhava),
Por exemplo, estudou, dia e noite, um montão
De livros, apostilas e ainda buscava
Referências, pesquisas, fontes na internet,
E o que ganhou com isso? Só olheiras, cansaço
E um Q.I que não é maior que o Nelson Ned,
Se me afirma que o Wilson é o rei do pedaço.

Ele pode ser muito bom pras nega dele.
Pra mim, não chega aos pés do grande professor (**)
Édison José da Costa. O Wilson é aquele
Periquito que leva a fama. Por favor,
Meu filho, poesia como a do Bruno ou do Affonso
Não te leva a lugar nenhum. Melhor seria,
Então, ser um pateta desmiolado, sonso
E morrer esquecido na periferia.”

- Pai, a História da Inteligência Brasileira
É obra de valores incomensuráveis,
Um tesouro. Ele me impregnou de tal maneira,
Que, pra manipulá-lo, faltam-me mãos hábeis.”
- Como você pode ser tão burro, meu filho,
E parecer inteligente? O teu avô,
Chegando do Japão, mendigo e maltrapilho,
Desembarcou na paz de um haicai do Bashô.(***)

Ele não tinha nada e estava com tudo.
A verdadeira fleuma a poesia lhe dava.
E, se o Brasil lhe impôs a língua, ele, mudo,
Fez das tripas o coração que tanto amava.
Suas entranhas nipônicas falaram alto
E o banzo não levou sua mente para a morte.
A alma de seus avós ainda toma de assalto
O pavilhão dos poetas e aponta o seu norte.

Meu querido e amado filho, se oriente!
Não pude ter a graça dos haicais de Issa,(***)
No idioma original. Nem meu coração sente
A alegria da descoberta que aquela escrita
Icônica permite, mas te digo, agora,
Com toda a lealdade que um pai deve ao filho.
Nesse Augusto dos Anjos, que o Brasil adora,
Você vai encontrar poesia de encanto e brilho!

Que não te engane o tempo. Atual é quem diz
O que no coração se revela luz, força,
Alegria, santidade que te faz feliz.
Poesia não é palavra te levando à forca;
Muito pelo contrário, é apenas a mágica,
Que move o nosso mundo e torna a realidade
Esse sonho possível para a vida prática.
Ninguém quer coabitar com a infelicidade.

- Mas, pai, Wilson Martins é um vencedor nato.
- Que assim seja então! Crítico sem adversário,
Nesse laboratório, que é a vida, de rato
Faz o papel completo. É um peixe no aquário,
Respirando, soltando bolhas e nadando em círculos.
Nada de mais patético consigo ver
Ou imaginar. Pense bem, quais outros vínculos,
Reais e duradouros, ele pode ter?

- Ora, papai, nem tanto ao céu nem tanto à terra.
- Muito pelo contrário, se o cara é sucesso,
Que seja atirador, livre de toda a merda,
Sem nenhum compromisso. Só isso que eu peço.
Aliás, me expressei mal, seu único compromisso
Deve ser com aquilo que acredita ser
Verdade, nada mais que a verdade, só isso.
Será que é tão difícil você compreender?

Um dos encarregados da limpeza, atento
A cada intervenção paterna, desembucha:
“Os senhores estão vendo meu desalento,
A idade chega e a gente senta na bruxa.
Varri, com esses olhos que a terra há de comer,
Dezenas de volumes do professor Wilson.
Estudei-os à exaustão, procurando entender
Sua metodologia, sua folha de serviços,

Suas virtudes, seus vícios, enfim, sua pessoa
E sua obra. Passei anos a fio na cola
De seus ensinamentos e não foi à toa,
É verdadeiramente um mestre e fez escola.
Isolar casos sempre causa confusão
E não quero fazer cavalo de batalha
Da nossa divergência nem mudar de tom
Pra convencê-los que o preconceito atrapalha.

Não lhe tiro a razão quanto à avaliação
Que o Wilson fez de certos poetas do Brasil,
Mas ele não é só isso, na minha opinião.
O seu filho não precisa trocar o refil
De seus conhecimentos. Talvez, só precise
Deixar pra lá a idéia de que o mestre Wilson
Sabe e resolve tudo, sem nenhum deslize,
Da poesia de cordel ao frenesi Sex Pistols.

Por experiência, sei muito bem que vassoura
Nova varre melhor, depois, vira uma bosta.
Mais perde eficiência quanto mais duradoura
Sua utilização. Porém a gente gosta
E se afeiçoa às coisas e aí há o perigo
Dos excessos, dos erros e da impostura.
Métodos ou vassouras, ouçam o que digo,
São ferramentas úteis mas nenhuma dura

Para sempre e nem mesmo aqueles que utilizam.
Mas há uma diferença fundamental: músculos
E cérebros treinados não só realizam
Bem melhor as tarefas, usando minúsculos
Esforços, mas também têm a capacidade
De inventar ferramentas bem mais eficazes.
Sejam elas vassouras ou métodos, cabe
Aos que os usam mostrar do que são capazes.

Agora raciocinem comigo, sem pressa
E sem medo de ser feliz. Ao iniciar
Sua carreira, com que ferramenta começa
O Wilson? Com que método? Podem parar
Pra pensar, eu não tenho nada pra fazer.”
O jovem estudante, ocultando a mão peluda,
Parece iluminado: “Mestre do Varrer,
Limpar e Higienizar, sua sabedoria muda

O meu ponto de vista e faz uma limpeza
Completa no meu cérebro descabeçado.
E a higiene mental me faz ver com clareza
Esse burro metido à besta que, embalado
Pelo ego e a vaidade, eu fui e que agora
Me faz sentir vergonha de mim e de tudo
Que cri como verdade de primeira hora.
Eu nunca imaginei sentir prazer no estudo

Minha nossa senhora!, o senhor me apresenta
Uma outra perspectiva, totalmente nova.
Sempre considerei estorvo a ferramenta
E que podia fazer uso ou não. Uma ova!
O método é a essência do estudo e da análise.
Ferramentas arcaicas levam a desvios,
Superficialidades e foi desse cálice,
Que bebi, me embriaguei e fiquei a ver navios!”

O pai, mudo, parece não acreditar
No que seus olhos vêem e os ouvidos escutam.
“Mas quem é o senhor?” Pergunta sem pensar.
“Sou o Wilson da Vassoura, amigo dos que lutam,
Para que a fé não seja loucura varrida,
Embaixo do tapete de alguém sem topete.”
Mais do que estupefato, o pai, feliz da vida,
Volta-se para o filho: “Escutou, pivete!”

O rapaz quer agradecer, porém o caixa
Fala mais alto e cala sua boca no grito
Ouvindo agora meu I-pod, tudo se encaixa. (****)
Consigo, dias depois, separar sim o mito
Do homem. E os dois, a bem da verdade, estão certos.
Pai e filho, criatura e criador, deus e o diabo,
As duas faces da moeda que move os espertos.
Ou um lance de dados abolirá o acaso?

(*) Antônio Cândido, um dos maiores críticos literários do Brasil.

(**) Mestre em Literatura da Universidade Federal do Paraná, tem se destacado pela isenção, perspicácia e sabedoria na análise da poesia contemporânea.

(***) Matsuó Bashô, pai do haicai, teve muitos discípulos, entre eles, Issa. Eu e Roberto Prado, assim que possamos, vamos publicar alguns de seus estupendos haicais no livro
ISSA E SEUS AQUILOS.

(****) gravador/reprodutor/armazenador digital de dados e sons.



Fim do capítulo 4.

40 Comentários:

Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Que loucura, Polaco, vc brinca com conceitos e posturas como se estivesse no quintal de sua casa.
Consigo agora imaginar o que vem por aí. Este contraponto vai desaguar em algo radicalmente oposto, seria o assassinato?

Flavio

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Foi difícil entender esse capítulo, mas sinto que ele é necessário pra justificar o tema da novelha. Concordo com o Flávio vem aí alguma coisa radicalmente oposta. Amanhã será o grande dia?

Fabiano

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Acho que vc conseguiu dar o ritmo certo ao capítulo. É assim que os cara falam e escrevem. Perfeita
a inserção do japa e do faxineiro, tudo agora está livre para o que interessa: o dia D.
Uma jogada de mestre.

Jeferson Miranda

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Impressionante como vc joga com a gente, faz uma afirmação e depois diz que a gente é uma bosta. A terceira estrofe é o cúmulo da canalhice. É um recurso da ficcção e vc abusa dele, mas tenho que admitir, funciona. Sei que o faxineiro vai se foder com o narrador, estou até vendo, vc é um filho da puta genial.

Tô na espera.


Ivo Medeiros

 
Às 25 janeiro, 2007 , Blogger Zoe de Camaris disse...

O grande barato é escutar o poema na voz do poeta. Tive o prazer de uma visita outro dia quando o Thadeu me brindou com a leitura dos primeiros capítulos, ainda inéditos.

Agora, não consigo ler sem imaginá-lo declamando.

Grande Garagem que Grava, que tal uns podcasts?

E que tal uma leitura da novelha no Wonka, terça-feira, Thadeu?

Monica

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Aposto como vc vai abandonar as personagens do bar, elas eram meros pretextos assim como as pessoas que estavam no enterro.
Aposto também que esses três da história de hoje já eram. A história vai em frente exatamente como acontece na vida da gente. Você fala com depois com outro e assim vai. Um dia tem muitos assuntos. Penso que entendi a jogada, mas espero até amanhã pra confirmar.

Hilton Ventura

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Ferramenta? Método? Que que é isso?
Vc está louco, lazarento?

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Agora sei que é certo te matar, filho da puta.

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Afinal, Thadeu, vc é contra ou favor do Wilson Martins?

Penélope Charmosa

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Que diálogo, heim, polaco? Você pensa que eu não sei onde vai nos levar? Você induz a gente ao erro já percebi, mas não vai funcionar desta vez.

Hélio Salinas

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Respeito o velho, filho da puta!

 
Às 25 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Vc põe falas na boca de pessoas que não tem nada a ver, mas fica muito engraçado. Acho que o louco sou eu.

Adílson Santana

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

A prática leva à perfeição.


Ab

Beto

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Criar um debate de idéias em uma novela popular, Thadeu? Deus te ajude!

Bj

Leila

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Sensacionais as 3 personagens e o diálogo quase monólogo de cada uma delas. Acho que o campo está pronto pra ser semeado, formou-se uma amplo painel entre a vida/literatura/crítica/método, e agora?

Sucesso

Arthur Fialho Netto

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Tive que reler três vezes para entender esse capítulo, mas valeu a pena. Acho que é importante entendê-lo perfeitamente pois além de lançar uma luz sobre os 3 primeiros, deve ser fundamental para o que vem por aí. Manda bala e boa sorte no desenvolvimento da história.

Cícero Magalhães

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Uma bosta que não se entende nada.

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Sutil,muito sutil, o narrador anda no fio da navalha, não há personagens só fantoches manipulados. Todos são o mesmo discurso, não há conflito só sobreposição de idéias, com o mesmo fim: mostrar que a ferramenta de análise do Wilson é arcaica.
Acertei, Polaco?

Lauro Ramos

 
Às 26 janeiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Não tenham pressa. O capítulo 5 só na segunda-feira e olhe lá. Todos os comentários, sem exceção, estão certos.

 
Às 26 janeiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Pra quem não leu o anúncio da novelha, lá eu disse que os ca´pítulos seriam postados a cada 3 dias, mas como eu havia adiantado os 5 primeiros - que, na verdade, se transformaram em 4, porque juntei o 5 ao 3 - pude postar um por dia. Coisa que dificilmente conseguirei daqui pra frente, no entanto, se for possível farei.
Até segunda e espero por muitos comentários nos 4 capítulos que aí estão.

Um abraço


Thadeu

Thadeu

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

mestre,

você está impossível. cada vez mais brilhante. as beletrismo o está enlouquecendo.

édson de vulcanis

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Thadeus... seguinte, hermano, MacGregors na área pra te mandar um abraço e dizer que a parada tá infernal! Se vc é contra ou a favor do Martins, enfim, certamente algumas críticas desastrosas dele (tipow aquela em que ele deu uma cutucada no Leminski) foram, se não enterradas, no mínimo diluídas e misturadas àquela água podre do riozinho do Bosque do Papa.

Cara, aquele abraço!

Carlos MacGregor

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

ah! mais uma coisa... caetaneando um pouco... Mônica Berger mora no coração dos MacGregors!

 
Às 26 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Um pitéu.

 
Às 26 janeiro, 2007 , Blogger Ruth Queiroz disse...

Eu gostei do título aludindo ao texto do Roberto Schwartz, bem lembrado!

 
Às 27 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

thadeu,

sua explicação é tipica de uma geração que não entende nada de tecnologia(mas acha que entende).
pen drive nao reproduz sons...só armazena dados. Se tocar, é Mp3 Player. Tudos nos miiiiiiiiiinimos detalhes. Estou amando minha morte...

wilson Martins

 
Às 28 janeiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Pois é, mas o apelido do meu Mp3 é pen drive. Porque quando o comprei, o vendedor o chamou assim.
Falei a ele o que vc acaba de falar e ele me disse: "Ele também é Mp3." Eu ri, mas fazer o quê? Desde então eu o chamo de Pen Driver, meu auxliar para assuntos da memória.

Abraço

Thadeu

 
Às 28 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Boa saída. Hehehe....

 
Às 28 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Gostei. Você tem a manha.

Ricardo Mantes

 
Às 28 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Estou na área novamente. Parabéns por ter continuado com esse espaço.
O texto cada vez melhor.

Um abraço polaco

Roberto Trompowski

 
Às 28 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Pelé joga assim.

Márcio Harriet

 
Às 28 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Parabésn pelo texto e os pêsames pelo time.

Barbosa

 
Às 29 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

hahahahaha

ruga

 
Às 31 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Muito bom. Os diálogos estão ótimos.

Fernando Cagliari

 
Às 31 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Grande! Quero encontrar com o Wilson das Vassouras.

 
Às 31 janeiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Eca!

Não consigo ler tanto texto.


Ceguim

 
Às 01 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Vai morrer, fdp

 
Às 01 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Maravilha!


Alceu de Andrade

 
Às 01 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Porco!

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Estou viajando, fiquei muito impressionado com a categoria do poema. Você é bom escritor.


Abelardo Felkhe

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial