A literatura brasileira vai bem?
- Vai como vai. Nem tenho dinheiro para comprar livros novos, compro mais em sebos. Então posso te responder só sobre a literatura que está nos sebos. Tem coisas ótimas. Tem coisas ruins. Tem coisas péssimas. Mas está viva e se mexendo. Tem best-sellers ótimos e best-sellers péssimos. Tem ótimos livros desconhecidos. O que precisamos é que o povo tenha mais dinheiro para comprar livros, que os livros custem menos, e que o povo perceba que, sem ler, vai continuar sempre sendo um povo submisso, cordeiro e pobre em todos os sentidos.
O brasileiro, de um modo geral, ganhou algumas despesas extras com o advento do celular, computador, Internet. Creio que, em média, R$ 200,00 por mês são direcionados para essas necessidades. Em contrapartida, a venda de livros, nestes dois últimos anos, despencou assustadoramente. O mercado editorial tem salvação?
- Não tenho celular, não vejo necessidade, a maioria das ligações feitas por celular não é por necessidade, mas por impulso emocional, o celular é um brinquedo compensador para a massa carente de reconhecimento e importância. Toca o fixo, ninguém atende. Toca o celular, todos pulam para atender... Passei minha conta de telefone fixo de impulsos para minutos, para pagar menos. Só mesmo no Brasil, de povo tão cordeiro, para as telefônicas continuarem a explorar tanto, cobrando tão caro por uma ferramenta que aqui ainda é vista como símbolo de status... O mercado editorial sobre, ainda bem, as mudanças trazidas pela informática e as telecomunicações, mas ainda parece distante o tempo em que a tela eletrônica substituirá totalmente o papel. Os americanos gastaram bilhões para criar uma caneta que funcione no vácuo do espaço sideral, para os astronautas. Os russos não gastaram nada, usam lápis nas astronaves e estações orbitais.
Por que no Brasil se lê tão pouco?
- Porque a colonização foi portuguesa, o país é tropical, as capitanias eram hereditárias, os maiores ciclos econômicos foram extrativos (ouro, cana, café, mate, madeira), a escravidão foi extensa, intensa, duradoura e continuada através da marginalização, a educação pública foi negligenciada, a educação familiar foi sabotada pelo catolicismo obscuricista, o modelo econômico é injusto e a distribuição de renda é elitista, as crenças populares são conservadoras e resignadas, os canais de telecomunicações são concedidos politicamente e usados visando audiência e não qualificação... Chega?
- Vai como vai. Nem tenho dinheiro para comprar livros novos, compro mais em sebos. Então posso te responder só sobre a literatura que está nos sebos. Tem coisas ótimas. Tem coisas ruins. Tem coisas péssimas. Mas está viva e se mexendo. Tem best-sellers ótimos e best-sellers péssimos. Tem ótimos livros desconhecidos. O que precisamos é que o povo tenha mais dinheiro para comprar livros, que os livros custem menos, e que o povo perceba que, sem ler, vai continuar sempre sendo um povo submisso, cordeiro e pobre em todos os sentidos.
O brasileiro, de um modo geral, ganhou algumas despesas extras com o advento do celular, computador, Internet. Creio que, em média, R$ 200,00 por mês são direcionados para essas necessidades. Em contrapartida, a venda de livros, nestes dois últimos anos, despencou assustadoramente. O mercado editorial tem salvação?
- Não tenho celular, não vejo necessidade, a maioria das ligações feitas por celular não é por necessidade, mas por impulso emocional, o celular é um brinquedo compensador para a massa carente de reconhecimento e importância. Toca o fixo, ninguém atende. Toca o celular, todos pulam para atender... Passei minha conta de telefone fixo de impulsos para minutos, para pagar menos. Só mesmo no Brasil, de povo tão cordeiro, para as telefônicas continuarem a explorar tanto, cobrando tão caro por uma ferramenta que aqui ainda é vista como símbolo de status... O mercado editorial sobre, ainda bem, as mudanças trazidas pela informática e as telecomunicações, mas ainda parece distante o tempo em que a tela eletrônica substituirá totalmente o papel. Os americanos gastaram bilhões para criar uma caneta que funcione no vácuo do espaço sideral, para os astronautas. Os russos não gastaram nada, usam lápis nas astronaves e estações orbitais.
Por que no Brasil se lê tão pouco?
- Porque a colonização foi portuguesa, o país é tropical, as capitanias eram hereditárias, os maiores ciclos econômicos foram extrativos (ouro, cana, café, mate, madeira), a escravidão foi extensa, intensa, duradoura e continuada através da marginalização, a educação pública foi negligenciada, a educação familiar foi sabotada pelo catolicismo obscuricista, o modelo econômico é injusto e a distribuição de renda é elitista, as crenças populares são conservadoras e resignadas, os canais de telecomunicações são concedidos politicamente e usados visando audiência e não qualificação... Chega?
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