O outro lado da minha noite
Do outro lado do poema tem um verso
Avesso ao que converso
Com ele eu cumprimento
Com ele eu me despeço
Pra você que se inclui fora dessa
Ouça esse silêncio que não cessa
Édson de Vulcanis e Thadeu W
Abúlicos também amam
Beber no bar é alucinação coletiva,
Terapia de grupo em trânsito de doido.
Sofrer entre amigos custa mais e não dói,
A lágrima corre menos que a bebida,
Mas antes gargalhos sobem pelos gargalos.
Cada um sabe de si aonde apertam os calos,
Ninguém está a salvo do vexame total:
Cair de quatro após pendurar a conta.
Divergir de alguém na euforia sempre é fatal,
Pro bar um prejuízo certo de grande monta.
Depois da décima segunda saideira,
Podemos ficar aqui, juntos, a vida inteira!
Édson de Vulcanis e Thadeu W
5 Comentários:
dose dupla levada à lasqueira
Rodrigo
Ai que saudades da aurora da minha vida
Maringas
Novamente, belos poemas, especialmente o 'outro lado'. Esse 'outro lado', a partir do qual a poesia joga e se joga; esse outro lado, que 99% dos 'críticos' buscam sanar com uma espécie de interpretação psicológica; enfim, esse 'outro lado', que não é o da vida do autor, mas não deixa de ser Vida, e uma vida mais intensa que as determinações 'autorais'; que, enfim, faz a linguagem jogar um jogo trágico... (divagações blanchotianas)
Ducaralho!
Flávio
grande!
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