polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

terça-feira, novembro 14, 2006





O outro lado da minha noite


Do outro lado do poema tem um verso
Avesso ao que converso
Com ele eu cumprimento
Com ele eu me despeço

Pra você que se inclui fora dessa
Ouça esse silêncio que não cessa


Édson de Vulcanis e Thadeu W



Abúlicos também amam

Beber no bar é alucinação coletiva,
Terapia de grupo em trânsito de doido.
Sofrer entre amigos custa mais e não dói,
A lágrima corre menos que a bebida,
Mas antes gargalhos sobem pelos gargalos.
Cada um sabe de si aonde apertam os calos,

Ninguém está a salvo do vexame total:
Cair de quatro após pendurar a conta.
Divergir de alguém na euforia sempre é fatal,
Pro bar um prejuízo certo de grande monta.
Depois da décima segunda saideira,
Podemos ficar aqui, juntos, a vida inteira!


Édson de Vulcanis e Thadeu W





5 Comentários:

Às 15 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

dose dupla levada à lasqueira

Rodrigo

 
Às 15 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Ai que saudades da aurora da minha vida

Maringas

 
Às 15 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Novamente, belos poemas, especialmente o 'outro lado'. Esse 'outro lado', a partir do qual a poesia joga e se joga; esse outro lado, que 99% dos 'críticos' buscam sanar com uma espécie de interpretação psicológica; enfim, esse 'outro lado', que não é o da vida do autor, mas não deixa de ser Vida, e uma vida mais intensa que as determinações 'autorais'; que, enfim, faz a linguagem jogar um jogo trágico... (divagações blanchotianas)

 
Às 16 novembro, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Ducaralho!

Flávio

 
Às 17 novembro, 2006 , Blogger Jorge Ferreira disse...

grande!

 

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