
Dois dias desses, dois grandes amigos meus foram me visitar, o Plínio Gonzaga Filho e o Ederci Del Grossi. Nas duas vezes trouxeram muitas cervejas, conversa agradável e engraçada. Falamos mal de tudo e de todos. Algumas dessas conversas viraram 38 poemas. Aí vão alguns, para vocês terem uma pequena idéia da loucura que foi o nosso papo nessas duas noites.
1.
Eu gosto de uma coisa mais real
Mais centrada
Poesia pra mim tem que ser pura
Água que fura
Mulher nua
Luz no olho da rua
Coisa de quem acha
E não de quem procura
Thadeu e Ederci
2.
Poesia a gente faz
Com uma mão na frente
E a outra atrás
O verso, indiferente,
Sempre diz mais
Quando pode somente
Dizer tudo que sente
Thadeu e Plínio
3.
O que você quer
Com essa cara de patrimônio
Público tombado?
Placas de reconhecimento
Monumento
Coroas
Botas de cimento?
Um discurso tão politicamente correto
Que chegue a balançar o teu coreto?
Bronze, chumbo, mármore ou granito
Não vão deixar você mais bonito!
Thadeu e Plínio
4.
Um preto pode ter um branco?
Um vermelho pode amarelar?
Pode? Então eu vou azular!
Thadeu e Plínio
5.
Um golpe certo atrai o alvo
Une ação e reação no movimento
Prevê o furacão num olho calmo
E tudo mais cai no esquecimento
O mestre se mostra ausente na presença
E presente quando se ausenta por um momento
A iluminação não é o que você pensa
A pena que você sente é a sua sentença
Thadeu, Plínio e Ederci
3 Comentários:
Com ou sem cerveja na cabeça, que bom proveito.
abrassss
Ehe bando de malucões
ruga
Tomamos todas, Fabiano, mas fizemos todas e mais algumas.
Ab
Thadeu
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