O Wilson Martins quando toca em poesia desafina muito pra você?
Outra pergunta ótima: eu tenho que confessar que não li muito do que o Wilson Martins escreveu, e não há tempo que chegue pra ler tudo, mas uma leitura de amostragem já foi suficiente pra formar uma opinião, senão vejamos:
esse cara é uma besta do apocalipse da literatura brasileira: ele faz questão de mencionar tudo que leu, então o panorama que traça é vasto, gigantesco, colossal: a História da Inteligência Brasileira (são sete volumes, pelo menos...)... Doze volumes de Pontos de Vista... A Crítica Literária no Brasil (dois volumes tijolaços de trocentas páginas...) Porra: que saco, não é? Ao mesmo tempo, é difícil encontrar em todos esses volumes alguma remota conexão, alguma relação entre a literatura e a música e o cinema e o teatro e as artes plásticas e a arquitetura etc...
Enquanto isso, você pega um texto de crítica (um só mísero texto-ninja de duas laudas) do Paulo Leminski, e o repertório, o elenco de referências, o dialogismo (palavrinha maravilhosa) transita livremente nas várias áreas da cultura: assim, o Leminski é um pensador mais forte, entende muito mais de poesia do que o Wilson Martins, que leu tudo de Literatura, mas que restringe aos livros a sua visada...
Que avaliação vc faz da poesia concreta?
One gone: two to go: ou, em bom português: um já foi: faltam dois...
Na verdade, sem brincadeira, é de primeiro nível e importância o trabalho dos autointitulados turgimanos siamesmos (os irmãos Augusto e Haroldo de Campos), mais a obra toda de Décio Pignatari (seja poesia, crítica, tradução, o diabo), sem esquecer o José Lino Grünewald (o “concretista carioca”): principalmente pelas traduções...
Mas a poesia concreta mesmo, aquela mais ortodoxa, que declara encerrado o ciclo do verso, é um pouco ridícula: não se pode abolir ou proscrever intencionalmente qualquer forma de arte: ou ela morre sozinha, ou (tenho fé nisso) será sempre cultivada: enquanto existir humanidade e linguagem, o verso, a poesia, a arte de brincar com as palavras, o prazer de tecer textos, tudo isso continuará existindo e proliferando.
O que é vanguarda?
Vanguarda, como se sabe, é um conceito militar: é o grupo de soldados que vai na frente e combate diretamente o inimigo. Na poesia, um trocadilho idiota deve bastar: vanguarda poética é uma vã guarda.
Outra pergunta ótima: eu tenho que confessar que não li muito do que o Wilson Martins escreveu, e não há tempo que chegue pra ler tudo, mas uma leitura de amostragem já foi suficiente pra formar uma opinião, senão vejamos:
esse cara é uma besta do apocalipse da literatura brasileira: ele faz questão de mencionar tudo que leu, então o panorama que traça é vasto, gigantesco, colossal: a História da Inteligência Brasileira (são sete volumes, pelo menos...)... Doze volumes de Pontos de Vista... A Crítica Literária no Brasil (dois volumes tijolaços de trocentas páginas...) Porra: que saco, não é? Ao mesmo tempo, é difícil encontrar em todos esses volumes alguma remota conexão, alguma relação entre a literatura e a música e o cinema e o teatro e as artes plásticas e a arquitetura etc...
Enquanto isso, você pega um texto de crítica (um só mísero texto-ninja de duas laudas) do Paulo Leminski, e o repertório, o elenco de referências, o dialogismo (palavrinha maravilhosa) transita livremente nas várias áreas da cultura: assim, o Leminski é um pensador mais forte, entende muito mais de poesia do que o Wilson Martins, que leu tudo de Literatura, mas que restringe aos livros a sua visada...
Que avaliação vc faz da poesia concreta?
One gone: two to go: ou, em bom português: um já foi: faltam dois...
Na verdade, sem brincadeira, é de primeiro nível e importância o trabalho dos autointitulados turgimanos siamesmos (os irmãos Augusto e Haroldo de Campos), mais a obra toda de Décio Pignatari (seja poesia, crítica, tradução, o diabo), sem esquecer o José Lino Grünewald (o “concretista carioca”): principalmente pelas traduções...
Mas a poesia concreta mesmo, aquela mais ortodoxa, que declara encerrado o ciclo do verso, é um pouco ridícula: não se pode abolir ou proscrever intencionalmente qualquer forma de arte: ou ela morre sozinha, ou (tenho fé nisso) será sempre cultivada: enquanto existir humanidade e linguagem, o verso, a poesia, a arte de brincar com as palavras, o prazer de tecer textos, tudo isso continuará existindo e proliferando.
O que é vanguarda?
Vanguarda, como se sabe, é um conceito militar: é o grupo de soldados que vai na frente e combate diretamente o inimigo. Na poesia, um trocadilho idiota deve bastar: vanguarda poética é uma vã guarda.
1 Comentários:
ahahahahahahahaha
esse cara é uma bola
Pedro Tocafundo
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