Uma singela homenagem a um bom poema
DIRETO DE SÃO PAULO, AO VIVO, UM POEMA COM INÍCIO,
MEIO E SEM FINAL FELIZ.
Caso eu forçasse o meu lápis ou o teclado
pra produzir algum versinho combinado,
não é certeza, mas muito provavelmente
faria um poema mesmo digno de gente:
eu até poderia enganar qualquer uma
que desejasse se enxergar inteira em bruma
e cada letra viraria então verdade,
ganhando assim com a rima a realidade.
Mas meu sentimento não é somente som:
não é só esse ó aqui que soa certo e bom:
quando eu começo (e comecei) minha arapuca
é pra roçar sem nenhum dó na tua nuca,
é pra pescar teu corpo, e de quebra o coração,
é pra fazer do nosso amor enfim canção
que muito mais do que palavra é sopro da alma,
é olho no olho, lábio em lábia, palmo a palma.
Só que se você faz pouco caso e não liga
me sinto feito um poeminha duma figa,
feito um versinho que perdeu o metro e a rima
(buscando embaixo o que ficou ali pra cima):
feito um Cupido que só atira bumerangue:
um coração que bate seco por seu sangue.
Ivan Justen
MEIO E SEM FINAL FELIZ.
Caso eu forçasse o meu lápis ou o teclado
pra produzir algum versinho combinado,
não é certeza, mas muito provavelmente
faria um poema mesmo digno de gente:
eu até poderia enganar qualquer uma
que desejasse se enxergar inteira em bruma
e cada letra viraria então verdade,
ganhando assim com a rima a realidade.
Mas meu sentimento não é somente som:
não é só esse ó aqui que soa certo e bom:
quando eu começo (e comecei) minha arapuca
é pra roçar sem nenhum dó na tua nuca,
é pra pescar teu corpo, e de quebra o coração,
é pra fazer do nosso amor enfim canção
que muito mais do que palavra é sopro da alma,
é olho no olho, lábio em lábia, palmo a palma.
Só que se você faz pouco caso e não liga
me sinto feito um poeminha duma figa,
feito um versinho que perdeu o metro e a rima
(buscando embaixo o que ficou ali pra cima):
feito um Cupido que só atira bumerangue:
um coração que bate seco por seu sangue.
Ivan Justen
2 Comentários:
pô, thedeu, eu ia blogar este poema do ivan amanhã...agora ele vai ser obrigado a fazer outro.
besos,
zoe
Isso não impede vc de nada, Mônica.
Um poema bonito e sentido como esse deve correr o mundo.
Bj
Thadeu
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