polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

domingo, setembro 25, 2005


A BBPr voltou a ser um centro irradiador de cultura até bem mais significativo após a sua nomeação, quais as diretrizes e orientações implantadas em sua gestão? Por quê?

Quando Requião me nomeou me pediu duas coisas: um programa de estímulo à leitura e que a Biblioteca se transformasse um centro de debate e critica. É isso que me orienta.
Este ano conseguimos editar pela segunda vez o encontro de poetas, fizemos importantes debates políticos, econômicos, sociais e étnicos. Ampliamos o acervo cultural de vários povos, livros, cds, filmes.

Você chegou a viver na clandestinidade e hoje está num cargo de bastante projeção na mídia e na vida da população. Que emoções isso desperta em você?

Não gosto muito de holofotes, gosto de trabalhar, só apareço quando é inevitável.

Essa aproximação com os produtores culturais deve estar mexendo com a sua cabeça, já que inevitavelmente você terá que ceder em alguns pontos, pois na Biblioteca convivem as mais diversas tendências políticas. Recentemente houve a comemoração do aniversário do Movimento Solidariedade da Polônia, que na verdade é anticomunista, como você engoliu esse caroço?

Não é de agora que atuo na atividade cultural. Já em 1983 fui diretor da Fundação Cultural de Curitiba. Sempre respeitei a diversidade cultural, disso tenho bastante consciência. O que faço é privilegiar aquilo que acho mais correto, aquilo que contribui para a transformação da consciência, porém qualquer corrente de pensamento tem livre acesso aos meios que dispõe a Biblioteca. Quanto ao Solidariedade considerei importante para os poloneses utilizarem o espaço da Biblioteca, mas, quanto ao conteúdo, contemplei com uma certa tristeza. Mas nem chegou a ser um caroço.

Como você analisa o governo do Roberto Requião, na área cultural, e o que ele está fazendo pelas bibliotecas do Estado do Paraná?

O Requião é o governador que mais faz pelas bibliotecas, atualmente está construindo 50 unidades no interior, com acervo e equipamentos fornecidos pelo Estado. Em Curitiba, o governador pretende adquirir e reformar o prédio do antigo Clube Curitibano, na Rua Barão do Rio Branco, com 10 mil m2, isso dobraria o espaço atual da Biblioteca.

5 Comentários:

Às 25 setembro, 2005 , Anonymous Anônimo disse...

O Requião pode até estar construindo 50 bibliotecas, mas a ação cultural do governo é muito fraca, quase incipiente. Mas não tira o valor do trabalho que o diretor está fazendo.

Abraço

Roberto Trompowski

 
Às 26 setembro, 2005 , Anonymous Anônimo disse...

Concordo plenamente. Quase nada se vê no dia a dia das pessoas. Quanto ao que acontece na biblioteca, só sei o que li agora. Talvez seja uma falha minha.

BB

 
Às 26 setembro, 2005 , Anonymous Anônimo disse...

Tava mais que na hora de darem uma atenção a BBP, é um dos poucos benefícios verdadeiros que o governo oferece ao povo. O resto é so enganação.

Maurício Bech

 
Às 27 setembro, 2005 , Anonymous Anônimo disse...

Eventos como esse deveriam ocorrer o ano todo. Lugar de escritor é na biblioteca, falando, comentando suas obras, ensinando novos escritores.

Professora Lúcia

 
Às 27 setembro, 2005 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Concordo com vc, lúcia. Mas no Brasil as políticas culturais ainda são muito incipientes.

Abraço

Thadeu

 

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