polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

terça-feira, fevereiro 13, 2007


O DIA QUE MATEI O WILSON MARTINS

Capítulo 10

Existe crime perfeito, Wilson?


“A morte é o fim da linha. Descansou, babau!
De lá ninguém voltou para contar história.
Você nem nasceu e já começa a ir embora.
Vida é curso preparatório, no final,
Você sempre cai duro, algodão nas narinas,
Mãos cruzadas, rosário sobre elas, as flores
A cobrir teu cadáver, a guerra de odores
Àquele cheirão enjoado de mil naftalinas.
E cem velas acesas anunciando o inferno
Que vai ser tua entrada triunfal no fogo eterno.

Que coisa mais patética, você, em silêncio,
E tem vozes dando uivos de dor e tristeza,
Enquanto outros nem fazem a gentileza
De homenageá-lo em breves assôos ao lenço.
Seis mãos vão entregá-lo frio, em domicílio,
Ao coveiro insensível que, em ágeis pazadas,
Vai mandá-lo de vez às bocas esfomeadas
Dos vermes, que ao banquete irão dar início.
A horrenda comilança, de apenas um prato,
Só chegará ao fim, após o último naco.

Pronto, aí está você, um monte de ossos brancos
Secando até virar pó. Só pó. Pó de ser...
Pode ser ou não, eis a questão do viver.
Foi bom andar então aos trancos e barrancos?
Agora não tem volta. É pra sempre. Fim.
Acabou-se a vaidade de querer ser mais
Do que os outros. Adeus, orgulho! Adeus, geniais
Tiradas de espírito, ficamos assim!
Entre nós o silêncio sempre disse tudo
E falou alto enquanto estive só e mudo.

Você, morto; eu, vingado. Foram trinta anos
De humilhações, tristezas, engolindo sapos.
Todo dia acordava, ouvindo os teus papos
Intermináveis, chatos, e refazia os planos
De acabar com tua vida na primeira chance.
Me dediquei de corpo e alma a você.
Eu não casei, não tive filhos, pra poder
Ler, estudar, pensar e escrever com o alcance
Dos grandes Mestres. Fui um idiota completo,
Imaginando ser seu autor predileto.

Você riu dos meus poemas, taxou-os de medianos,
Deu-me livros de Affonso e Bruno para ler
E disse-me: “Aqui, gênios que têm o que dizer
E o dizem com real perfeição. Não há enganos!”
Eu li de cabo a rabo a obra desses dois,
Com coração faminto de estrelas e céus
Nunca antes navegados e só encontrei véus
Obnubilando sóis, que se apagaram depois.
Minha alma entristeceu sem remédio ou cura,
Mas a luz do dia deu rumo à minha loucura.

Criei ódio da poesia e nunca mais li de novo.
Cinco anos se passaram e um simples bom-dia
Me fazia gaguejar, mas eu bem o servia
E jamais me escapou um resmungo ou muxoxo.
Planejei em detalhes seu assassinato,
Pus cópias de suas chaves na bolsa da ruiva,
Sua aluna favorita, e na da dona Augusta,
Pus também sua corrente, que eu havia furtado,
Meses antes. Seus livros, os de cabeceira,
Enviei-os ao rapaz de enorme cabeleira.

Tudo perfeito, professor. Os que mantinham
Contato c’o senhor, foram incriminados.
E, a essa altura, devem estar ocupados
Negando acusações que nunca mais terminam.
Meu depoimento foi preciso como um corte
A laser. Cada sílaba soou verdadeira,
Triste e emocionada. Nenhuma besteira,
Nenhum deslize, eu não precisei da sorte.
E nem tive problemas morais por mentir,
Inverter, inventar, encobrir ou fingir.

Mas a sorte me sorriu, colocando os três
No mesmo bar e sendo presos na mesma hora.
Seus dólares estão bem guardados agora,
Em um esconderijo. Guardei, mês a mês,
Mais alguns. Não terei problemas com dinheiro.
A aposentadoria está bem encaminhada
E a vida é bela quando tem uma bolada
À sua espera e o tempo livre o dia inteiro.
Felicidade é vitória espiritual,
Quem vence colhe os louros; quem não, leva pau!

Voltei a fazer versos como antigamente.
Seu epitáfio foi de matar, obra prima.
Ganhou tanto elogio, que minha auto-estima
Nunca esteve tão bem. Soou admiravelmente:
“Amou muitos livros, ainda está entre os vivos!”
Bati em sua máquina e sujei com sangue
Seu o papel, como foi provado no exame.
Daí montei a cena - seu corpo entre os livros,
Mão sobre o coração, os olhos bem abertos,
Um pé descalço - que enganou os mais espertos.

O seu cofre arrombado virou coqueluche.
Se tivesse toda essa grana que divulgam,
Viveria como um rei, mas tudo bem. Julgam
Só pelas aparências. Quanto mais se esmiúce
A investigação, pior para eles, coitadinhos.
Estão mais por fora que umbigo de vedete.
É o que dá se meter com quem não se conhece.
Sou um gênio da raça, mexendo os pauzinhos!
E o tempo foi passando, passando, passando,
De novos crimes os jornais se alimentando.

Quer saber no que deu o tal do julgamento?
O Mulher foi pro Manicômio Judiciário,
A ruiva pegou três anos, o milionário
Pastor saiu limpo, sem nenhum envolvimento.
Augusta, sua diarista, e mais toda a quadrilha,
Vão passar oito longos anos no xadrez.
E eu, seu fiel mordomo, o turista da vez,
Viajarei mundo afora, de uma maravilha
À nova maravilha, escandindo meus versos,
Criando paralelamente outros universos.”

A Wilson foi permitido ouvir cada palavra
E a cada palavra que ouvia, sua alma inteira
Sacudia de terror, desespero e à beira
De um colapso nervoso, que já o sufocava,
Clamou aos céus: “Vingança! Eu quero vingança!”
Deus, muito entristecido, põe-se a meditar:
“Dei-lhe caminho, luz, e ei-lo assim a gritar,
Como um demônio louco quebrando a aliança.”
E entre as flores do céu pensou com seus botões:
“Errei, não será um poeta em mil nem em milhões!”


Fim

74 Comentários:

Às 13 fevereiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Dedico este capítulo ao Sérgio Viralobos pela sugestão de criar o mordomo.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Parabéns, Polaco.
Valeu mesmo.

Adriana Lima

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Um minuto pra meia-noite e surge o post. Prometeu e cumpriu.
Agora que tal lançar em livro as duas novelhas?
Um é meu.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Ufa, que alívio!
Pensei que você ia ressuscitar o Wilson.
Final surpreendente, perfeito.

Fabiano

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Que maldade com o velhinho, Thadeu.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Profundo e revelador.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Sem final feliz, mas absolutamente verdadeiro. A vida como ela é.

Beto

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Admirável

Luciano Bertioga

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

graças a deus terminou...já tava meo entediado... que tal uns poeminhas pra descansar...

ruga

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Reli tudo novamente para poder entender o final. Foi muito bom, e agora o que vai ser?

Bj

Leila

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Divertimento certo e garantido. Foi genial passar esses 20 dias lendo e acompanhando sua novelha.
Vamos à próxima.

Abraço e parabéns

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Valeu, velhinho. Uma loucura muito engraçada, do começo ao fim, você manteve o texto vivo e sempre com novidades.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Fim de festa, começo do que? Amanhã estarei por aqui pra conferir.

Beijinhos

Daniela Morgado

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Gostei muito do enredo e da forma que você escreveu. Foi uma aula para mim.

Tks

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Pra mim tb foi, aprendi muito. Estou escrevendo melhor e lendo mais corretamente. Quando começa Despejo?

Obrigado

Fernando

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Mais um show de magia pura com as palavras. Grande abraço.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

10 capítulos de tirar o fôlego e prender a atenção. Um bom descanso.

Rômulo

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Brilhante como sempre.

Bj

BB

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Acho que vc poderia ter estendido por mais 2 ou 3 capítulos a história, me pareceu meio abrupto o final.

Cícero Magalhães

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Esses caras que nunca se contentam com nada deveriam escrever alguma coisa pra ver o que é bom pra tosse. Foi surpreendente, Thadeu. Um tema muito difícil para se tornar popular, mas vc conseguiu tornar engraçado, dramático e cheio de belezas. Parabéns mesmo.
Com a admiração de

Arthur Fialho Netto

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Com certeza foi um esforço gigantesco e coroado de sucesso.
Du caralho a história toda.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Parabéns por mais essa maravilha.

Abraço

Maria Luíza

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Contundente o final, o bandidão se dá bem. Viva o Brasil. Acho que se as pessoas parassem de olhar para o próprio umbigo esse país poderia mudar e mandar muita gente pra cadeia. Final feliz é na Globo, aqui o inferno está onde é: na rua em frente a casa de cada um de nós.
Belo trabalho, Polaco.

Alberto Ferreira Filho

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Sucesso na próxima e parabéns pelo brilhantismo desta.

Beijo

Ana Maria

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Você merece todo esse sucesso, foi bom demais acompanhar sua novela.

Janete Mendonça

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Estou de pé aplaudindo.

Juca Torres

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Terminei de ler esta noite o Assim até eu. Porra meu que cacetada. Li em duas pegadas, é muito genial. As fotos ilustrativas também. É um livro que todo mundo deveria ler, e também essa novelhas espero ver em livro.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Clap clap clap bravo!!!!!!

Beatriz Regina Soares

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Toda essa sua dedicação só merece respeito e admiração. Excelente a qualidade do texto. Meus sinceros agradecimentos. Aprendi a ler versos, coisa que nunca tinha feito, a não ser letras de música.

Adílson Santana

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Valeu a pena acompanhar toda a história. Às vezes até meio difícil de compreender, mas lendo tudo agora ficou mais fácil. Meus sinceros parabéns pelo esforço e por entregar assim gratuitamente tanto trabalho.

Mauro Souza

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Taí, gostei!

Passaquá

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Torcemos por você do primeiro ao último. A felicidade de ver o trabalho pronto agora é toda sua, principalmente, pelo esforço que você fez. Parabéns de coração.

Paulo Marques Sobrinho
Clarissa Mota Marques

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Vou ler tudo outra vez, pra não falar burrice. Comento melhor depois.

Abelardo Felkhe

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Du cacete. A novelha acabou com chave de ouro. Parabéns, Polaco, pelo brilhante trabalho.

Antonio Carlos

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Melhor que isso só mais dois disso.


Orlando Ribas

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Conseguiu um gol de placa, Thadeu.
Dei muitas e boas gargalhadas.

Abraço e parabéns

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Eu tive que imprimir pra poder ler tudo de novo, pois fico zonza se leio muito tempo no computador. Gastei meio pacote de papel, não imaginei que fosse tão grande. Acho que todo mundo já te deu parabéns, mas é isso que você merece. Parabéns, sinceramente.

BJ

Mara Miranda

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Reli tudo antes de ler o último,pois já não lembrava muito bem dos detalhes. Meus cumprimentos, Polaco, você fez um belíssimo trabalho.

Renato Vasconcelos

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Concordo com todo os elogios que fizeram aqui e assino embaixo.

Toaldo Milazi

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Bravo, poesia não é pra qualquer um. O Wilson é de uma outra classe de escritores. Poesia é com você e com os poetas OSS.

Alípio Carvalho

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

E viva os polacos.

Mateus Negreiros

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Viva eu então também sou polaco. Vica o Leminski! Viva o Polaco da Barreirinha! Viva o Wilson Martins!

Hermes Temproski

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Beijos e mais sucesso ainda na próxima.

Carla Pontes Macedo

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Tô nessa, vamos comprar uma vodka da boa e festejar.

José Carlos Piekarski

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Adorei, meu lindo.

Bicoca

Aninha

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Só conheci hoje esse blog e gostei muito do bom humor e da maneira de contar a história.

Gil Ferrarini

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

A nova novelha vai começar depois do carnaval e vai se chamar DESPEJO. A data exata ainda não sei. Obrigado a todos pelos comentários e parabéns a vocês também por terem se mantido fiéis durante estas duas semanas.

Grande abraço

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Que fôlego, Polaco. Você solta mais fumaça que navio a vapor e não se como é que aguenta essas empreitadas malucas. Muito boa a novelha, parabéns e sucesso na próxima.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Vai morrer, filho da puta!

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Oi, Thadeu, é o Júlio de Wenceslau Brás. Parabéns pelo final da novela. Vê se volta aqui logo, pra gente tomar mais umas. O Rubão também manda um abraço.

Até.

Joel

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Parabéns, parabéns, muitos anos de vida e muitas novelhas para alegrar a festa.

Sydnei Cruz

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Ainda não li o 8, 9 e o 10 mas já gostei. Parabéns por mais essa etapa vencida.

Arlindo Santos

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Genial, polaco! Puta que pariu, isso sim. Teu domínio dos dodecassílabos e capacidade poética são demais.

Um brinde para fazer da leitura de novelhas um hábito na internet!

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

e assim acabou a festa dando um baile. foi de la pra ca,levou 2 mil,de ca pra la mais 5mil,a unica previsibilidade foi o imprevisivel, agora o genial esteve presente o tempo todo, querem poeminhas?, encontraram mais de 2 duzias dentro destes capitulos,e com certeza encontraram muitos defeitos,muintos, qualidade não é para todos, e é dificil reconhecer a genialidade do vizinho,Thadeu voce esteve imperdivel e cumpriu com meritos o prometido,te devo uma duzia

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Blogger Roberto Prado disse...

Thadeu, alguém tinha que fazê-lo e você o fez. E fez muito bem.

Diante de um crime tão perfeito, a nós, passarinhos, resta ficar nos galhos - admirando.

Se eu fosse o Wilson eu tremia no estofado.

Parabéns pela epopéia.

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Se poesia desse dinheiro você estaria rico, Thadeu.
Que tal essa cambada de abutres da internet comprar um livrinho de vez em quando??
São capazes de gozar com o pau do poeta mas nenhum livro de poesia consta em suas prateleiras, quem sabe um em cada 50 que escrevem como se fossem muito mais do que alfabetizados rudimentarmente. A grande maioria não sabe nem a diferença entre um ataque de asma e um pleonasmo.
Comprem livros, seus ignorantes, comprem nem que seja pra não lê-los, comprem os de capas duras e papéis grossos, se conseguirem, escolham conteúdos finos, no sentido refinado do termo. Afinal, da poesia só vai sobrar o que estiver escrito, o resto vai virar pó e fumaça, ou bosta de micróbio. Não é Wilson?
Zezão (do Apocalipse)

 
Às 13 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Até a Scotland Yard ficará triste, ao ver seu golpe de sorte, ser aplaudido de pé por Agatha Christie.

Sérgio Viralobos e Marcos Prado

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Maravilhoso e profundamente sensível tudo que li hoje aqui.

Bruna Figueiredo

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Maluco, você é maluco. Que doideira. Teu texto é muito dez.

Alcyone Fogiatto

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Adorei de paixão.

Michelle

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Supera tudo que li nesses últimos anos. Humor, drama, paixão, violência, traição, filosofia, tudo que um bom texto tem que ter.
Parabéns. Prometo que viro freguês.

Roberto César Silvério

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Um enredo diabólico para uma grande dúvida. Parabéns pela criatividade e esmero na construção dos versos.

Jayme Nascimento

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Uma obra prima.

Stênio Glodinski

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Bala!

Mozart

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Você mudou minha cabeça, nunca me interessei por poesia, mas agora sou seu fã número 1. Tem carteirinha? (rsrsrs)

Raul Millito

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Um texto de fôlego e criatividade.
Parabéns, cheguei a duvidar que você iria terminá-lo.

Luiz Antonio Borning

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Pois é, Sérgio! Quando li sua sugestão, tudo ficou muito claro. Acho que foi o capítulo mais rápido do velho oeste. Pouco mais de hora e meia. O seu comentário co-assinado pelo Marcos Prado, adaptado do poema da sortista, também uma maravilha.

Grande abraço e vamos aproveitar tuas férias para fazer, finalmente,
a livre-adaptação da Ilíada?

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Bah!
Uma porrada tão bem dada
como essa ainda não tinha lido.
Do cacete!

Emílio Santini

 
Às 14 fevereiro, 2007 , Blogger Unknown disse...

É ... Thadeu

"Porque só a massa bem socada dá bom pão."

Abraço forte,

 
Às 15 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

A morte liberta a quem fica, não a quem vai. Bom, né?

 
Às 15 fevereiro, 2007 , Blogger polacodabarreirinha disse...

Bela conclusão, anônimo.

 
Às 19 fevereiro, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Po, Thadeu, cheguei hoje e já fui abrindo o teu blogge pra ver a quantas andava tua novela. E eu achava que ninguém mais lia poesia longa... Só você e Tolentino pra conseguir essa proeza. Brilhante.
Te reverencio, polaco.

 
Às 01 março, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Trabalho digno de um mestre de grande magnitude.

 
Às 01 março, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Poucas vezes na vida li um texto tão bem construído. Eu confesso que sou contra poemas tão longos, mas abro um exceção a esse.
Brilhante!

Mário Sabóia

 

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