polacodabarreirinha

Poesia, música, gracinhas e traquinagens

quarta-feira, julho 25, 2007







O que seria de mim sem eu?

Capítulo 3

Curitiba é melhor cidade do sul do cu do mundo.


Então está bem, né? Pra você arroz, ovo
E feijão; pra mim, nada além desse pão seco.
O que você pretende, hein? No cu do povo,
Pimenta pode ser simplesmente refresco
Ou sinal de que alguém se deu bem novamente.
Sempre quando falamos você não diz nada.
Há quantos anos falo sozinho? Nem tente
Responder, não estou a fim de uma roubada.
Melhor eu continuar de onde parei, que tal?
Mas não vou esperar sua resposta oficial.

Pensa que não sei quanto tempo leva isso?
Dúzias de carimbadas, mais assinaturas,
Protocolos e pareceres, sou submisso
Mas nem tanto. Aliás, nomenclaturas
Como essas só confundem o interlocutor.
Melhor seria você dar fim nessa mania
De terceiro-mundista e apresentar o autor
De forma digna, clara, honesta. Poesia
É lavra rara, fina flor da nossa fala,
Coisa mais cheia de graça, faz que a vida valha.

Sabe como morreram nossos grandes poetas
Gregório, Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos,
Sousândrade? Tua cara diz tudo. Patetas
Como você não lêem, se protegem em bandos,
Criam modas, leis, polícia, religiões, exércitos.
Poeta que é poeta não tem tempo ruim,
Foge dos ideais mundanos, esses analgésicos
Dos sentidos. Falácias, tiros de festim,
Isso é para os boiolas que estão de plantão.
Os seres ilusórios, de pouca expressão.

Tua Curitiba é fria, desumana, prosaica.
Marcos Prado e Leminski, dois grandes poetas,
Gênios da arte maior, desta cidade arcaica
receberam desprezo, ódio, indiretas.
Eu vi com estes olhos, não sou testemunha
De aluguel. Só mamaram de suas próprias tetas,
Andaram com suas pernas, vidas carne e unha.
A palavra dada não se olha as letras?
Bem...que seja! Tem gente pra tudo no mundo.
O povão se corrige sozinho e vai fundo.

Ler é gozar c’o pau dos outros? Então, tá.
Ficamos assim. Pego a reta e ando até
Cair mortinho da silva do lado de lá?
Vou ensinar o padre a rezar a missa, é?
A fé remove montanhas, que dirá sete
Palmos de terra. Catatau é profissão
De fé; O Livro dos Contrários, ariete.
Para deixar bem claro, mudo a acentuação.
De proparoxítona a paroxítona.
Levo tonalidade soprana à barítona.

Dizer que não está me entendendo, resolve?
Eu não sou alemão; se sim, filosofava,
Em vez de ficar dando trela a papo mole.
O povo é o inventa-mundos da palavra,
Vai ferindo suas regras e criando sintaxes.
Adoniran que o diga com sua poesia
À flor dos cavaquinhos. Se Concreta ou Práxis,
Seja lá o que for o rótulo do dia,
Poesia vive na boca do povo, feliz
Com a metamorfose da eterna aprendiz.

Você, escute bem, ainda não findei.
Essa tua Curitiba é um rebotalho,
Madrasta com nativos; pros de fora, gay.
Chupa, dá o cu e paga bem para caralho.
A família é farsa da grossa, teatro,
Conversa para boi dormir. Formam as redes
Desses retalhos moralistas que, de fato,
Escondem pecados entre quatro paredes.
O Dalton Trevisan ouve tudo e escreve.
Não é ele que faz aquilo que não deve.

Uma charge do Solda vale uma bíblia;
Nosso Rogério Dias, menos que passarinhos?
Que dizer do Miran que o mundo todo admira?
Dante e Thiago Recchia, ainda bem vivinhos,
Não merecem o pão nosso de cada dia?
Wilson Bueno, Buchmann, mais Roberto Prado?
Koproski, França, Leprevost, menor valia?
Walmor Góes, Rodrigão, Ferreira, damos cabo?
Quantos foram embora dessa Curitiba
ou enterrados vivos na Boca Maldita?


Melhor ser surdo que ouvir Otávio Camargo?
Melhor ser cego que ver as telas do Átila?
Melhor ser mudo que cantar canções do bardo
Polaco Wojciechowski? Não vê na sátira
A máscara em seu próprio rosto pendurada?
Vanzolin, Jacques Brandt, Paulo Sandrini, Fábio
Campana, Smaniotto, essa rapaziada
Toda queimará junto com os alfarrábios?
Del Grossi, Ivan, Édson, Alice Ruiz
Condenados pra sempre ao verdugo-juiz?

Tatára cairá ao som de um ratatatá?
Nem sei de quantos nomes olvidei,
Mas de uma coisa tenho certeza: não há
Artista nessa terra sem governo, lei
E vergonha, que não se sinta maltratado
Pela falta de séria política pública
Na área cultural e do ensino focado
No desenvolvimento das artes, a única
Maneira de tirar chicote de feitor.
Ora, senhor diretor, faça-me o favor!

Fim do capítulo 3

quinta-feira, julho 19, 2007

Uma das músicas do filme é uma parceria minha com Marcos Prado e Walmor Góes.
Portanto, todo mundo lá.


Parque Tanguá, por Nani Góis.



O que seria de mim sem eu.

Capítulo 2

No porão ou no sótão?

- Meu pai não quis nem saber, deu o porão, luz,
Água pela mangueira, uma cama velha ,
E meu avô ficou à espera dos urubus
Uns vinte anos. Estava cego e bem banguela,
Quando peidou pro diabo. É foda. É punk!
- Aposto que encontraram o corpo já podre,
Cheio de bicho, fedendo mais que água de tanque.
- Pode crer. Deus do Céu! A parte que me coube
Foi de querer morrer. Imagine um enredo
Onde a morte não é o fim, mas um segredo.

- Porra, cara, que merda! Te foderam mesmo.
- A mãe que reclamou do cheiro. O meu pai
Mandou todo mundo se foder. Saiu a esmo,
Chutando o meu cachorro. A mãe não diz um ai.
Leva um pé de ouvido, que eu ouço lá do quarto.
O porquê desse ódio todo não compreendo
Até hoje. Só sei que o enterro foi um parto.
Eu entrei no porão e vi vermes comendo
Meu avô. Vomitei o que nunca esqueço:
Uma gosma amarela, tal calda de pêssego.

Só que amarga, meio ácida. Veio queimando
E o cheiro da carniça misturado, porra!
Pensei que ia morrer, cara. Saí gritando
Que nem louco de dentro daquela masmorra.
Me deu uma vergonha tão grande, mas, juro!,
Agüentei e voltei. Um grampo no nariz,
Tateando pelo quarto, que estava escuro,
Peguei o vô no colo e foi por um triz
Que eu não me esborrachei ao tropeçar no pé
Da cama. Então vi a vida como ela é.

- Puta que o pariu! Vai tomar no olho do cu!
- É foda, cara! Sinta o drama. Pego o vô
E jogo no jardim. Imagine o angu
Que ia dar se alguém visse a cena. Teatro Nô
É pouco. Me movia dentro de um pesadelo,
As pernas me chumbavam qualquer movimento.
Vou ser sincero, quase me cago de medo,
Mas não faltou coragem naquele momento.
Olhei pro velho e vi o que é uma família.
Eu mesmo achava o vô uma parte da mobília.

Fui pegar a mangueira e quando volto, meu,
O Rex tinha comido um naco da barriga
Do meu avô. Os bichos à mostra...Me deu
Um troço, um revertério. Chamei Deus pra briga!
E fui pro pau. Lavei, sequei, vesti, calcei
E perfumei o velho vô de cabo a rabo.
- Você está me alugando. Eu não acredito
Em porra nenhuma, isso é papo furado.
- Não é não, meu irmão. Leve fé no que eu digo.
Juntei os móveis, roupas, papéis e taquei
Fogo em tudo. O vô sentado como um rei.

Nem parecia estar morto. Fiquei olhando,
Olhando. As labaredas brincavam com seu
Rosto e emprestavam-lhe tons de quando em quando.
O pai voltou com caixão e velas. Acendeu
Algumas e me viu olhando pro defunto.
Não disse uma palavra, mas obedeci
A ordem que o silêncio triste trouxe junto.
Levantei e ajudei o pai. Fora de si,
Ele parecia frágil, cansado e ausente,
Como alguém que estivesse muito doente.

Embrulhamos o corpo do vô em um plástico
E o colocamos dentro do caixão. O pai
Pregou a tampa e disse em tom quase dramático:
“A vida é a estrada. Você anda, cai.
Levanta, anda novamente, mas um dia,
Quando menos espera, chega ao fim e só.”
Não vi nenhuma lágrima, mas parecia
Chorar por dentro ao dizer: “És pó e ao pó
Retornarás.” Chorei sem saber o porquê,
Mas o remorso é o diabo que vive em você.

Aprendi essa lição no enterro do vovô.
O pai gemia, tremia. E continua gemendo
E tremendo até hoje. Ainda não acabou,
O pai morreu também naquele novembro,
Mas não foi enterrado. Viver o seu próprio
Velório, dia após dia, foi a forma que achou
Pra se penitenciar. O remorso é seu ópio.
Já não pode viver sem pedir perdão ou
Misericórdia ao passado. É bem triste
Não poder se reconciliar com o que existe.


Fim do capítulo 2

segunda-feira, julho 16, 2007

Foto de Valdecir Galor



O que seria de mim sem eu?

Capítulo 1

Quem me rotular, perde a rótula.

Nasci aqui, nesta porra de lugar comum,
A cidade sorriso, capital de bosta,
Paraíso ecológico, a número um.
Por ser laboratório, todo mundo gosta
Dos adjetivos ufanistas, puxa-sacos.
“O que dá certo em Curitiba é sucesso
No Brasil inteirinho!” Dizem os velhacos.
Mas o que mais me dá um verdadeiro acesso
De raiva e de loucura é a visível empáfia
Desses conservadores, puídos pela ráfia.

Minha Santa Maria Bueno, me perdoe,
Mas não engulo hipócritas e fariseus.
Só peço, minha Santa, pra que me abençoe
Mesmo quando pareço não ser um dos seus.
Se xingo essa caterva, é porque me sinto
Um ET nessa terra de ninguém, um allien,
Um eunuco de pau na mão, bebendo absinto
E sonhando massacres, como Columbine.
Ser pobre em Curitiba soa mal como insulto
E ser mendigo então não tem nenhum indulto.

Se o cara não trabalha “mas que vagabundo!”
Porém, se arranja um bico pra distribuir folhetos,
Por exemplo, e o cara resolve ir fundo
Pra descolar um troco, que puxe amuletos,
Patuás, rezas, feitiços e os santos que ajudam,
Porque curitibano não é solidário
Nem no câncer. Se for preciso que te acudam,
Melhor seria chamar o agente funerário.
Aqui por um cadáver se mata, se esfola,
Se dá até o fiofó em um colchão de mola.

Os filhos de uma puta vão fechar o vidro
Do carro na tua cara, para não pegar
O folder e foder com você, meu amigo.
E muitos ainda vão querer gozar, xingar,
Te humilhar, mas não ligue. São curitibanos,
Merecem compaixão: sofrem mais que você.
Eles só dão valor à grana, carros, panos
Da moda, cargos, títulos. Vale vencer.
Curitiba é alma noturna que some
Na neblina e em si mesma se consome.

Isso não é Brasil. Veja, cabe a Europa
Inteira e mais um naco do Oriente, entendeu?
Imagine um Big Brother, onde entre uma tropa
Falando N idiomas e nenhum é o teu.
Os caras se instalando, tomando o pedaço,
Impondo seus costumes e cagando regras.
Dá para imaginar o tipo de arregaço
Que toda essa Babel fez na alma aqui do degas?
Curitiba já era. Agora não é nada,
Nem sequer uma ferida cicatrizada.

Quando encho o cu de vodka, às vezes, eu choro
De saudades da minha cidade sorriso.
Sou filho dessa terra, em Curitiba moro,
Nasci, cresci, casei, morrerei, mas aviso:
Curitiba não mora mais aqui, mudou.
Eu não tenho um retrato na parede morta,
Como Carlos Drummond tinha quando pregou
Sua Itabira em dor e saudades sem volta.
Contudo, Curitiba tem intelectuais
Que a colocam no mapa, lá em Minas Gerais.

Você, que se acha esperto pra caralho, diga.
Por acaso sou trouxa, um polaco da nhanha,
Um chucrutz, um portuga, uma raça inimiga?
Se eu perder pra você, será que você ganha?
Meu nome é Zé Ninguém. Diga-me: qual é sua graça?
De que clube foi solto? Não estamos mortos?
Que ótimo! Melhor pra nós dois: tudo passa.
Porém não passa muito bem. Em nossos corpos
Há visíveis sinais de decomposição.
Além dela, o que mais caberá no caixão?




Fim do capítulo 1





terça-feira, julho 10, 2007

Morrer pode ser um acontecimento fatal para os que ficam
se os que morrem se tornam imortais.
Na foto Thich Quang Duc, monge budista ateia fogo às próprias vestes
em protesto.
Leia mais lá no Solda.

segunda-feira, julho 09, 2007


Eu, em mim, posando para o grande Bira, após pescar
um majestoso tucunaré
de 9,682 kg, na bacia amazônica. Essa será uma das histórias
que permearam a nova novelha.
A foto foi tirada em Porto Velho, 2000.



O que seria de mim sem eu?


Esse é o título da próxima novelha que estréia segunda-feira próxima.
O tema responde a grande indagação do que acontece quando nós mesmos
nos transformamos em nossos piores inimigos.
Não é uma elegia ao individualismo, mas
uma epopéia filosófica à base de muito papo furado, conversa mole,
tiradas, chistes, parábolas, chutes na canela, piadas de bom e mau gosto,
e rimas inolvidáveis.
O personagem principal sofre de 3 grandes males curitibanos:
a solidão, sentimentos classe-média e a maledicência.
Devo começar a escrever no domingo, por enquanto estou pensando.
E quando eu penso, nunca deixo de agradecer a mim mesmo,
afinal, o que seria de mim sem eu?


Polaco da Barreirinha



O Anderson Tozato me enviou esta foto da entrega da
Medalha de Honra ao Mérito Fernando Amaro, que ganhei o ano passado.
A solenidade de entrega foi na Câmara de Vereadores
de Curitiba. Na foto, vereador Jair Cézar e eu,
mais elegante que um príncipe polonês, segundo
minha amiga Mônica Berger.






Aí vão mais duas fotos do Albert Nane do evento CONVERSA COM VERSO,
da última quarta-feira, nas ruas de Curitiba.
Na foto de cima, Catarina Velasco que fez a coordenação.
Abaixo, eu, no terminal de ônibus, falando barbaridades.



sexta-feira, julho 06, 2007







na janela aberta
a paisagem que entra
convida a sair

Thadeu W



anotações sobre o tempo


“o tempo perguntou pro tempo:
quanto tempo o tempo tem?
o tempo respondeu pro tempo
que tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem”

“antes nunca do que tarde
antes ontem do que hoje
melhor hoje que amanhã”



já vai longe o tempo de se encontrar
o tempo de se ter tempo para perder
hoje em dia, não há mais tempo pra nada
menos ainda pra se viver matando tempo
o tempo é nosso senhor o tempo todo
tem tempo de plantar e tem tempo de colher
mas não há tempo de sobra nem tempo de despertar
os tempos são outros nesses novos tempos
ah bons tempos aqueles tempos de outrora
há tanto tempo que nem me lembro mais
não há mais tempo para se tornar eterno
nem tempo de dar um tempo ao tempo temporariamente
é...já não se faz mais tempo como antigamente


Thadeu W





Fugir pra onde?

Voltei pra onde te conheci
Você percebeu que eu te percebi
Disse “oi” na chegada e
“Vem cá” na saída
Único amor da minha vida
Embriagada

Passei por cima do seu cadáver
E vi que você ressuscitou
Subiu aos céus da minha vida
Daqui não sai
Daqui ninguém te tira
Único amor da minha vida
Embriagada


Thadeu W e Marcos Prado






SANGUE É TINTA DE ESCREVER

olhei pra foto do Marcos Prado
no blog de um outro poeta mano
aquilo não é cara que se cheire
tristeza demais pra ser só dele

melhor então nem escrever
se for só pra, como ele, se foder
um poeta que se bebeu
que naquele bar nunca seja eu

mas olhei bem nos olhos do cão
e percebi que a vida não é em vão
antes morrer de extrema ternura
que viver pra sempre de literatura


Comedor de Ranho

quinta-feira, julho 05, 2007









Fotos de Albert Nane


Bando de loucos.


Saímos ontem pelas ruas de Curitiba atirando poemas sobre os transeuntes.
Bares, confeitarias, hotéis, lojas, pontos de ônibus, terminais,
ninguém foi poupado de levar uma rimada no meio da fuça, linda de se ver.
Augustos dos Anjos, Leminski, Marcos Prado, Mário Quintana, Solda,
foram os poetas homenageados pela trupe de vates ensandecidos:
eu, Edson de Vulcanis, Ivan Justen, Batista de Pilar,
Adriano Smanioto e o JM.
Ontem percebi melhor o que vem a ser a alma curitibana.
Somos o melhor povo do mundo: bem humorados, receptivos, simpáticos,
na grande maioria. Claro que tem os filhos da puta soltos no meio da massa,
mas esses não vêm ao caso.
Eles existem em qualquer lugar do planeta.
O que valeu à pena mesmo, foi o lado positivo, como declamar
o Monólogo da Sombra de Augusto dos Anjos para uma mesa
de jovens estudantes, estavam em 20 aproximadamente
e pararam de beber e conversar para prestar atenção, durante os 8 minutos
da declamação do poema.
Ou como as gargalhadas nos terminais após um poema
ou nos pequenos grupos em bancos de praça.
Muita gente riu com os nossos poemas,
muita gente nos parou e pediu para ouvir um
e isso eu nunca tinha visto na minha vida.
Se o Cláudio Fajardo, diretor da Biblioteca Pública, permitir que o evento
CONVERSA COM VERSO se repita o ano que vem,
eu não tenho dúvida nenhuma,
será do mesmo jeito, com um acréscimo, distribuiremos os poemas escolhidos,
impressos para a população. Foi só o que faltou ontem.
O planejado era fazer o trajeto biblioteca, praça osório, correio
apenas uma vez, fizemos duas e ainda estendemos o segundo trajeto
à reitoria, universidade, largo da ordem e terminamos a festa no Bar do Torto.
Parabéns à Biblioteca pelos 150 anos
e ao Cláudio Fajardo, Clarice, Isabel, Kika.
Parabéns aos poetas homenageados, parabéns a todos nós,
aos nossos poemas,
aos curitibanos,
ao nosso jeito de ser e pensar.
Parabéns à vida e a todos que acreditam na alegria,
no congraçamento
e na poesia.

Polaco da Barreirinha

quarta-feira, julho 04, 2007


Adoro samba. Entre os muitos que já fizemos, aqui vai um que eu gosto muito.




Amor sem batucada

Chicletes na boca
Estourando bolas
A vida é azul
Na noite tão louca

Inofensivo como eu
Um coração apaixonado
Só ataca se for incomodado

Se o seu samba sou eu
Então você não é nada
Sua batida atravessou a minha batucada

Amor você foi tudo que eu sonhei, pensei, queria
Mas essa noite não chegou aos pés do que podia

(Thadeu W, Bira e Walmor)



segunda-feira, julho 02, 2007


Por favor, amigos, ajudem a divulgar.
Grato.



CADA DIA MAIS GENIAL

Vou fazer o possível
E o impossível
Pra você acreditar
No incrível

Não sei gostar
Mal posso cantar
Mas tem uma coisa
Vou fazer o possível
E o impossível
Pra você me amar

Quero você dizendo gracinhas
Quero dizer pra você
Aleivosias e picuinhas

Tom Waits

Livre adaptação Thadeu W e Érica Zoiúda